Roberto Requião protocola no TRE pedido de desfiliação do PT

O ex-governador Roberto Requião protocolou há pouco no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) o pedido de desfiliação do PT.

Conta uma boa fonte do Blog Politicamente, que o pedido de desligamento está endereçada ao presidente do PT do Paraná, deputado Arilson Chiorato, e não traz os motivos da decisão, mas a relação já estava publicamente estremecida. Nos bastidores, a saída parecia apenas uma questão de tempo. E na manhã desta quarta-feira (27) ela foi concretizada.

Requião se filiou em março de 2022 ao PT para disputar o governo do Estado. Na época, o partido comandado por Lula via a necessidade estratégica de ter um candidato no Paraná para defender a candidatura presidencial. Requião esteve ao lado de Lula, fazendo uma defesa ferrenha do petista, num grande ato na Boca Maldita, no Centro de Curitiba.

As críticas, sempre difundidas na rede social do ex-governador, começaram a aparecer já na escalação do time de ministros. A questão econômica era a discordância central de Requião. A recusa do convite para presidir o Conselho de Administração da Itaipu Binacional, considerado por Requião como uma “boquinha de luxo”, tem pouca influência na decisão tomada nesta quarta.

Requião sempre disse que nunca quiz cargo no governo federal. Cobrava sim coerência de Lula dos atos praticados já como presidente da República com o discurso de campanha e, mais que isso, da história e das lutas empunhadas pelo PT. A insatisfação mais recente pode ter sido a decisão da executiva nacional do partido ter cancelado as prévias que seriam feitas no PT para discutir os rumos do partido na eleição para a prefeitura de Curitiba. Requião era um defensor da tese de candidatura própria do partido.

Apesar de já ter conversado com muitos partidos, Requião ainda não sabe se vai se filiar a outra agremiação política. A janela partidária vai até 5 de abril. O filho, o deputado estadual Requião Filho, seguirá no PT. “Pelo menos por enquanto”, diz uma fonte do Blog Politicamente, citando que após a eleição de outubro “Requiãozinho” pode dar uma guinada nos planos políticos.

 

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