Beto Richa diz que não vai a evento, mas admite conversa com PT

O ex-governador do Paraná e deputado federal Beto Richa (PSDB) não vai ao 1º Encontro da Coalizão em Defesa do Paraná marcada para esta segunda-feira (20), organizado pelo PT, num hotel em Curitiba. O evento vai reunir presidentes e parlamentares do PCdoB, PDT, PSB, PSDB, PSOL, PT, PV e Rede. Na pauta, o novo modelo de pedágio, a privatização da Copel e também as eleições municipais de 2024.

Ao Blog Politicamente, Beto Richa afirmou que “já tinha agendado outros compromissos”, mas admitiu que o PSDB tem mantido conversas com o PT. “As conversas são naturais com vistas as próximas eleições, mas que nem sempre acontecem”, comentou o tucano.

Claramente, o PSDB neste evento é um estranho no ninho composto por legendas ligadas à esquerda. Este Encontro da Coalizão, portanto, marca, a clara e real aproximação entre tucanos e petistas. Por mais inusitado que pareça, os dois partidos que eram adversários políticos histórico, agora ensaiam uma união.

O deputado Arilson Chioratto, presidente estadual do PT, afirmou que “o objetivo (do Encontro da Coalizão” é formar uma frente partidária ampla, em defesa dos interesses do povo paranaense”, explica o idealizador do encontro, deputado Arilson Chiorato, presidente do PT Paraná.

Nesta semana, haverá mais uma “prova de amor”. O presidente Lula deve indicar e dar posse ao Conselho de Administração da Itaipu e a presença do ex-deputado estadual do PSDB do Paraná, Michele Caputo, está 99% confirmada. “Michele Caputo só não vai para o Conselho se o compliance da Itaipu barrar”, disse uma fonte petista.

As rusgas e caneladas entre PSDB e PT do Paraná são inúmeras. Portanto, há quem ainda torça o nariz para esta aproximação, principalmente, na descrença de um entendimento político envolvendo, aqui no Estado, Gleisi Hoffmann, Beto Richa e Roberto Requião.

O ditado que os opostos se atraem até cola quando o assunto é relacionamentos amorosos, mas na política paranaense o grande teste será nas eleições municipais de 2024. Aí sim, saberemos se é uma paixão passageira, um namoro de conveniências ou um possível casamento entre tucanos e petistas.

 

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