Guto Silva vai avaliar pré-candidatura ao Senado

A pré-candidatura de Guto Silva ao Senado Federal subiu no telhado. Aliás, nos bastidores da política paranaense comenta-se que a escalada até o telhado começou já há algum tempo. Guto vai tirar esta semana para avaliar se mantém ou não a pré-candidatura.

Antes mesmo da convenção do PSD, quando o governador Ratinho Junior anunciou apoio a Paulo Martins (PL), palacianos já acreditavam no beijo da morte. Só não se sabia quando e como. Veio hoje. O anúncio não surpreendeu Guto Silva, que disse que Ratinho já tinha sinalizado para isso.

Guto de fato não decolou como candidato ao Senado. Reuniu uma equipe boa de assessores do time de Beto Richa experimentado em eleições. Correu o estado. Foi a Brasília tirar foto com o presidente Capitão Bolsonaro. Costurou apoio com prefeitos na época que chefiava a Casa Civil. Mesmo assim, o progressista não conseguiu musculatura para se tornar competitivo. Mas como em política tudo pode acontecer, e tendo Ricardo Barros como “padrinho”, Guto esperou até o último momento.

O prazo está no fim. Espera-se uma “saída honrosa”. Alguns comentam que Guto poderia concorrer à reeleição — embora quando estava no Executivo abriu parte do seu reduto eleitoral apostando numa carreira vitalícia.

Reeleito deputado estadual, poderia disputar um espaço na Mesa Diretiva da Assembleia Legislativa na próxima legislatura. A presidência esta descartada. Ademar Traiano, agora no PSD, trabalha dia e noite para emplacar mais um mandato como chefe do Poder Legislativo. Se não houver percalços, permanecerá no trono.

O líder do governo Ratinho, deputado Marcel Micheletto também namora a cadeira de presidente. Mas na bolsa de apostas, Traiano lidera absoluto.

Se decidir não enfrentar as urnas, Guto poderia voltar ao Palácio Iguaçu — alguns dizem que o retorno se daria após o pleito, outros comentam que a volta se daria após uma eventual desistência a ser anunciada nos próximos dias. Em qualquer um dos cenários, Guto não voltaria para a Casa Civil. Ricardo Barros terá papel fundamental nesta missão de ajudar Guto a “sair por cima”.

Se politicamente nada der certo, Guto pode até mesmo voltar para casa e assistir do sofá todo o desenrolar da eleição de 2022.

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