Receba todas as notícias em tempo real no nosso grupo do whatsapp.
Basta clicar no link abaixo
Aníbal Khury foi considerado por muito tempo o homem mais poderoso da política do Paraná. Talvez sustente tal posto até hoje.
Mas o Buda, como ele era conhecido, está prestes a ser superado — pelo menos no quesito de deputado com mais tempo na presidência da Assembleia Legislativa.
Durante 32 anos de mandato, Anibal Khury foi cinco vezes presidente e por 14 oportunidades foi o primeiro-secretário da Casa.
Ademar Traiano está prestes a superar o Buda no comando da Assembleia Legislativa. Aníbal foi presidente nas legislaturas de 1989/1990, 1991/1992, 1995/1996, 1997/1998 e iniciou a de 1999/2000, mas acabou sendo interrompida com a morte dele em 29 de agosto de 1999, aos 75 anos. Portanto, foram nove anos na presidência da Assembleia.
Rumo aos 10 anos — Com menos poder político, Traiano está concluíndo sua quarta passagem pela presidência da Casa — de 2015 até agora. E a intenção é continuar, podendo chegar a 10 anos, seguidos, na presidência do Poder Legislativo.
Nos bastidores da política paranaense é dada como certa mais uma reeleição de Traiano — com a benção do Palácio Iguaçu. Ele iria para o quinto mandato, empataria com Aníbal Khury, mas superaria o Buda com mais anos no comando da Mesa Executiva.
STF — Em fevereiro deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) enfrentou a questão das reeleições sucessivas para os cargos da Mesa Executiva da Assembleia Legislativa do Paraná. Os ministros da Suprema Corte julgaram duas ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) propostas pelo PROS.
O STF se manifestou contra, entendendo que é permitida apenas uma reeleição ou recondução para o mesmo cargo da Mesa, independente da Legislatura. Mesmo assim, o Supremo decidiu pela manutenção do atual comando da Assembleia, apesar de o presidente da Casa, Ademar Traiano estar em seu quarto mandato consecutivo.
Há quem diga, pelos corredores da Casa, que pode haver questionamentos sobre mais uma reeleição de Traiano, mas assessores próximos ao presidente se mostram tranquilos. Dizem que há embasamento jurídico que permita Traiano superar o Buda no tempo de presidência da Assembleia Legislativa.