Já estão adiantadas as conversas sobre uma fusão entre o Pros e o Solidariedade. E a articulação deve se intensificar na próxima semana em Brasília, quando estão marcadas reuniões entre os caciques das duas legendas.
Pros e Solidariedade são só dois exemplos de partidos que não conseguiram atingir a chamada cláusula de barreira e isoladas não terão direito a partir do ano que vem aos recursos do fundo partidário, além do horário eleitoral no rádio e na TV.
A regra da cláusula de barreira existe desde as eleições de 2018, e vai aumentado até 2030, e exige que os partidos elejam um número mínimo de deputados. Para esta eleição de 2022, a cláusula exigia que cada partido conseguisse ao menos 2% dos votos válidos, com um mínimo de 1% em nove estados ou que elegesse ao menos 11 deputados federais em um terço das unidades da federação.
É o caso do PSC (6 deputado eleitos), Patriota (4 ), Solidariedade (4), PROS (3), PTB (1) além do NOVO (3). Outras nove legendas sequer conseguiram emplacar um representante na Câmara Federal: Agir, DC, PMN, PRTB, PMB, PCB, PSTU, UP e PCO.
O Blog Politicamente conversou com o deputado estadual eleito pelo Pros, Alisson Wandscheer. Ele confirmou a intenção da legenda se fundir com o Solidariedade e acredita em um bom entendimento aqui no Paraná. A mudança de partido não está nos planos da família Wandscheer. “Temos bom diálogo com o Solidariedade aqui no Paraná, somos amigos”, resumiu.
O comando desta fusão aqui no Paraná ainda é incerta, embora a tendência é que o deputado federal reeleito Toninho Wandscheer (Pros) assuma a direção. Além de Alisson, o Pros ainda emplacou Samuel Dantas na Assembleia Legislativa do Paraná. O Solidariedade, por sua vez, conseguiu uma cadeira com Marli Paulino, a ex-prefeita de Pinhais.
Se o chamado plano A não se concretizar, Toninho Wandscheer já foi assediado por outros partidos após o desempenho do Pros nas urnas. Uma das sondagens recebidas foi de nada menos que o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira do PP.
Caso aconteça a fusão, Pros e Solidariedade conseguem atingir o percentual necessário para ter financiamento público a partir de 2023.