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A estratégia de Lula e Bolsonaro no rádio e TV

Fotos: Reprodução Redes Sociais

No primeiro dia de campanha no rádio e na televisão, os dois candidatos a presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), adotaram estratégias muito semelhantes para tentar seduzir os eleitores.

Eles só divergiram em um ponto: os ataques. E ao contrário do que imaginavam, os golpes partiram do candidato petista. No final do comercial, a campanha de Lula repetiu as críticas feitas no primeiro turno contra o Capitão.

Sorridentes, Lula e Bolsonaro agradeceram os votos recebidos no último domingo e mostraram os apoios que receberam nesta semana.

O petista exibiu um trecho do vídeo de Simone Tebet (MDB) em que declara voto no petista e citou apoios do PDT, de Ciro Gomes, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, além de deputados e governadores eleitos — com destaque para o do Pará, Hélder Barbalho.

Lula ainda tentou conquistar votos de Bolsonaro ao acenar para os evangélicos, falando da Marcha de Jesus e do Dia do Evangélico.

Lula acusou o presidente de ser um desastre na economia e desumano na condução da pandemia. Pediu união pela democracia e falou que, se eleito, vai gerar empregos, fortalecer o salário mínimo e renegociar dívidas contraídas pelas famílias brasileiras. No final da propaganda política, dedicou alguns minutos para repetir as críticas contra o presidente.

Comercial do Capitão — A campanha de Bolsonaro começou a propaganda na TV com agradecimento aos eleitores. Falou que os brasileiros elegeram um grande número de deputados federais e senadores aliados do presidente e que no próximo mandato essa base estará mais afinada com o Palácio da Alvorada o que vai permitir aprovação de projetos importantes para o país. Disse ainda numa maior harmonia entre Executivo e Legislativo — sem citar o Judiciário.

Assim como o petista, discursou para tentar roubar votos do adversário. Falou que muitos negros e mulheres foram eleitos em consonância com as pautas da Direita.

Bolsonaro também destacou os apoios recebidos desde o fim do primeiro turno. Exibiu declarações dos governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Ratinho Junior (PSD), Ibaneis Rocha (DF) e Romeu Tema (Minas Gerais) — além do candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio Freitas, que disputa o segundo turno.

No final do vídeo, fez críticas aos institutos de pesquisa que erraram ao indicar a vitória do adversário no primeiro turno. “A  mamata acabou, quem mamou, mamou, que não mamou, não mama mais”, dizia a música.

Tom vai subir — A tendência é que os dois candidatos subam o tom nas propagandas partidárias de rádio e tv na próxima semana, mas, principalmente, durante os debates na televisão — já que a disputa deve se acirrar ainda mais.

Não se enganem, os dois candidatos devem retomar a estratégia marcada durante o primeiro turno. Lula vai apostar no discurso da defesa pela democracia, no combate à pobreza e à fome e na atuação do presidente durante a pandemia da Covid-19.

Já Bolsonaro vai intensificar muito o discurso de corrupção no governo de Lula, na melhora dos índices da economia e no respeito a Constituição e ao processo democrático brasileiro — falando em paz política.

Redação:

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