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A política as vezes prega peças. Veja a saia-justa que o ex-governador Beto Richa (PSDB) se encontra.
Ele vai ter que torcer contra um tucano do próprio ninho para chegar à Brasília. Eu explico.
O desempenho do Beto não foi bom na disputa por uma cadeira na Câmara Federal. Na verdade, o resultado foi bem aquém do que ele esperava.
Os 64.868 votos não foram suficientes para que ele garantisse uma cadeira em Brasília.
Ele viu o também tucano Jocelito Canto, ex-prefeito de Ponta Grossa e ex-deputado estadual, se sair melhor na eleição para deputado federal. Canto obteve 74.348 votos, mas sua candidatura está sub-júdice no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná.
Jocelito foi condenado em uma ação civil pública por improbidade administrativa ao ressarcimento ao erário, multa e à suspensão dos direitos políticos por 3 anos. A esse período ainda se somariam 8 anos da chamada Lei da Ficha Limpa. O advogado de Jocelito, Guilherme Gonçalves, no entanto, acredita na elegibilidade.
Aí é que começa a “torcida”de Beto Richa.
Se a Justiça Eleitoral deferir a candidatura de Jocelito Canto, Beto Richa estará fora da vida política. E, por óbvio, Ponta Grossa terá mais um representante na Câmara — além de Sandro Alex (PSD) e Aliel Machado (PV), ambos eleitos ontem.
Mas se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quem dará a última palavra, rejeitar Jocelito, mantendo-o inelegível, Beto Richa entra. Portanto, como já dito, o bico dos tucanos podem se encostar, mas quem decidirá o deputado federal do PSDB em Brasília será a Justiça.