Trucar sem carta no jogo é um recurso ousado e arriscado. É uma estratégia que não pode ser lançada a todo tempo, sob pena de ser descoberto e acabar perdendo o jogo.
Na política, o “facão”, é mais que usual, mas parece que ninguém acredita mais no truco de Alvaro Dias.
Sem o gato (só com o cachorrinho Hugo Henrique), o senador por vezes sai com o copas, espadilha…
O final de jogo parece melancólico. Trucou nas últimas três eleições e os candidatos correram: Jaime Lerner (1998), Osmar Dias (2006) e Beto Richa (2014) não quiseram correr o risco e Alvaro levou.
Em 2022, o governador Ratinho Junior mandou cair… E as cartas vieram à mesa: Alvaro não tem apoio da família Bolsonaro como andou cacarejando aos quatro ventos. No comando do Podemos, nada, ou muito pouco, tem a oferecer. Soma-se a isso a tentativa frustrada de entregar o partido para o Capitão como moeda de troca para figurar na chapa de Ratinho.
Dizem as más línguas que o mano Osmar teria mandado WhatsApp para lá de maldoso: “Podemos ir arrumando as gavetas”.
Nesta semana, após reunião de Ratinho com Bolsonaro em Brasília que teria rejeitado a pretensão de compor a chapa do governador, Alvaro disparou telefonemas para caciques partidários. Mais uma trucada.
Ligou, por exemplo, para Toninho Wandscheer, cacique do PROS, pedindo apoio para uma eventual coligação.
Palacianos já perceberam como Alvaro Dias joga e, ao que parece, a cada trucada terá de cair e mostrar as cartas. O problema será quando ouvir um seis!