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Se havia qualquer acordo de neutralidade, ele caiu por terra. A três dias das eleições, o governador e candidato à reeleição Ratinho Junior (PSD) foi para as redes sociais pedir voto explicitamente para Paulo Martins — candidato do PL ao Senado Federal.
Quando montou a chapa, sempre acompanhado do fiel escudeiro João Carlos Ortega, secretário da Casa Civil do governo, Ratinho sabia que seus aliados iriam lançar candidatos ao Senado. E não deu outra.
O Pros indicou a deputada federal Aline Sleutjes. O MDB lançou Orlando Pessuti. Sergio Moro saiu candidato pelo União Brasil e Paulo Martins pelo PL.
Como o governador já dizia publicamente que tinha Martins como candidato, fontes destas legendas aliadas contaram ao Blog Politicamente que foi costurado um acordo de neutralidade. Apesar da preferência, Ratinho não entraria na campanha de Paulo Martins.
Aos poucos essa neutralidade foi caindo. Primeiro o governador levou Paulo Martins para a propaganda partidária, no rádio e na tv. Depois começou a levar Paulo Martins nas agendas de campanha. Agora eles estão juntos nas redes sociais. “Quem é Ratinho, é Paulo Martins”, publicou o governador em uma das redes.
O deputado federal bolsonarista alcançou há pouco os dois dígitos nas pesquisas eleitorais — apesar do apoio explícito do Capitão Bolsonaro. Segundo a mais recente pesquisa, do Paraná Pesquisa, Martins é o único que teve crescimento chegando aos 18,3%. O problema é que os dois principais oponentes estão beirando os 30%: Moro alcançou 29,8% e Alvaro Dias 27,5%.
Diante da possibilidade de não decolar nesta reta final e embolar a disputa, Ratinho entrou em campo com a missão de transferir voto. A tarefa terá consequências: se eleger Paulo Martins sairá ainda mais fortalecido, já que ele deve liquidar a fatura neste domingo 2 de outubro com ampla vantagem sob o petista Roberto Requião. Mas caso Paulo Martins não chegue ao Senado, o resultado pode significar uma derrota política do governador.