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Na Austrália, Augustinho Zucchi já é conselheiro do TC

Na Austrália, Augustinho Zucchi já é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná. A brincadeira com o fuso horário do continente-ilha serve só para demonstrar a certeza da aprovação da indicação dele ao cargo — que será votada pelos deputados estaduais.

A sessão marcada para as 8h30 desta quarta-feira (14) servirá tão somente para contagem de votos. O resultado é óbvio. Aliás, mais uma missão cumprida pela Alep: tornar Zucchi conselheiro do TC em uma semana.

Mas conta uma boa fonte do Blog Politicamente que a posse só acontecerá em janeiro de 2023, já sob a batuta do conselheiro Fernando Guimarães que, daqui a algumas horas, será eleito presidente do TCE durante a sessão do Tribunal Pleno — isso se a questão da antiguidade de Maurício Requião não tomar os holofotes novamente, como nos últimos encontros.

Nenhuma novidade — O destino de Zucchi, na verdade, foi traçado durante uma reunião de cúpula do núcleo duro do governador Ratinho Junior (PSD) e alguns poucos secretários de Estado mais próximos. O Blog Politicamente contou, lá em maio, que o encontro reservado aconteceu em Santa Felicidade e selou o futuro vitalício de Zucchi no TCE. Portanto, nenhuma novidade.

Na época, João Carlos Ortega também estava com um pé no TCE, já que o governador teria duas indicações — uma vez que dois conselheiros estavam na iminência da aposentadoria: Artagão de Mattos Leão, em outubro deste ano, e Nestor Baptista em julho de 2023. Este último, num gesto de desapego da cadeira vitalícia, antecipou a aposentadoria, abrindo a vaga para Zucchi. Talvez assuma a Elejor em 2023.

Naquela época, nem o mais otimista da família Requião esperava a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que reconduziria Maurício Requião para a Corte de Contas.  

A balela — Com apenas uma cadeira para indicar, Ratinho optou por Zucchi. Imaginar que o homem da extrema confiança do governador ficou “a ver navios” reforça a tese da relação com a desistência de Osmar Dias na eleição de 2018 — “coincidência” que Zucchi considerou como balela quando questionado durante a “exaustiva” sabatina, de menos de 40 minutos, que enfrentou na Alep.

Pelos corredores do Palácio Iguaçu, o discurso é que Ortega é e será muito importante para a segunda gestão de Ratinho Junior. A verdade é que, definitivamente, a decisão do STJ acabou com os planos da cúpula palaciana. Paciência. Até tentaram recursos na Justiça, mas em vão.

Na hora certa — Zucchi não tem nada a ver com isso. A partir desta quarta-feira torna-se conselheiro do Tribunal de Contas e, por lá, deve permanecer, se nada sair do script, até 2037 quando completa 75 anos. Nada mal para quem em 1984 tornou-se funcionário de carreira do atual Instituto de Água e Terras (IAT), se elegeu deputado estadual, tendo permanecido por cinco mandatos na Alep, para depois assumir a prefeitura de Pato Branco de 2013 a 2020. Em 2022, assumiu a Secretaria do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas do Paraná. Mas, principalmente, porque estava na hora certa, no local certo, com a pessoa certa na eleição de 2018.

Redação:

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