A juíza Cristine Lopes, da 1ª zona eleitoral de Curitiba, deu prazo de 10 dias para que a deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) se manifeste sobre uma ação do PT que questiona a transferência do domicílio eleitoral para o Estado do Paraná.
O PT, tanto do Paraná quanto de São Paulo, entrou com um recurso contra a decisão que deferiu a transferência. Basicamente, o partido sustenta que Rosangela foi eleita pelo estado de São Paulo, portanto esta vinculada ao domicílio da capital paulista, não podendo alterá-lo enquanto exerce o mandato como deputada eleita por São Paulo. Rosangela foi eleita pelo estado de São Paulo, com pouco mais de 217 mil votos.
Especialistas ouvidos pelo Blog Politicamente, inclusive vinculados ao próprio PT, são descrentes quanto ao sucesso da medida judicial — reconhecendo até mesmo uma jurisprudência, ainda que restrita, sobre o tema.
Rosangela Moro teve a transferência do domicílio eleitoral autorizada pela Justiça Eleitoral na semana passada. A justificativa oficial, é que a mudança vai facilitar a questão logística, já que o marido, Sergio Moro, e os filhos moram em Curitiba. No entanto, nos bastidores, sabe-se que ela é o plano A de Moro num eventual revés no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no julgamento do processo que pode resultar até na cassação do mandato.
No dia 1° de abril começa o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) da ação movida pelo PL e o PT contra Moro por abuso de poder econômico, caixa dois e utilização indevida dos meios de comunicação social na pré-campanha de 2022. O ex-juiz da Lava Jato nega as acusações.