Governo Ratinho vai a SP para replicar “Smart Sampa” no Paraná

O cronograma da comitiva paranaense inclui, além da ida a Smart Sampa, uma visita à sede da empresa Hikvision -- gigante chinesa de equipamentos de vigilância por vídeo para fins civis e militares

Uma comitiva multisecretarial do governo do Paraná embarca na manhã desta sexta-feira (7) para São Paulo para coletar detalhes e informações sobre o programa de monitoramento Smart Sampa, da prefeitura paulista, que ganhou os holofotes durante o feriado de Carnaval ao ajudar na captura de 13 foragidos da Justiça e na prisão de 10 pessoas em flagrante.

O “carro chefe” do programa é o uso de câmeras que fazem reconhecimento facial e o cruzamento das imagens com bancos de dados. O sistema de reconhecimento facial tem se destacado como uma ferramenta crucial no combate ao crime.

O Smart Sampa conta com cerca de 23 mil câmeras estrategicamente posicionadas na cidade — podendo chegar até 40 mil com a possibilidade de integração com equipamentos de imagem privados. O foco não é só o combate ao crime, mas também na localização de pessoas desaparecidas.

Outra vertente do programa de monitoramento é a detecção de placas de carros roubados através de câmeras OCR com tecnologia de leitura automática de matrícula dos veículos. Instaladas nas entradas e saídas de cidades, a polícia consegue fazer um acompanhamento do carro roubado ou furtado.

São estes serviços e mecanismos de tecnologia que o secretário de Planejamento, Guto Silva, além de representantes da Secretaria da Segurança Pública e da Celepar, estão indo buscar em São Paulo, na estrutura da Smart Sampa.

O Paraná fez um projeto piloto no Litoral do Paraná durante as festas de Carnaval. Mas a intenção, cita Guto Silva, é desenvolver um programa estadual inserindo municípios e com foco na fronteira.

“O nosso objetivo é firmar convênios com municípios do Paraná ainda em 2025. Muitas cidades contam já com a muralha digital, alguns estão bem avançados como Curitiba, Campo Largo e Telêmaco Borba, mas é preciso unificar os dados e as imagens das câmeras”, cita.

O custo aproximado para implementação do “Smart Paraná” seria de algo em torno entre R$ 250 milhões a R$ 300 milhões. E os municípios, explica Guto Silva, usariam o Cosip (Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública) para bancar o sistema de monitoramento, com a instalação e manutenção de câmeras — cujo valor varia de acordo com o tamanho da cidade.

O cronograma da comitiva paranaense inclui, além da ida a Smart Sampa, uma visita à sede da empresa Hikvision — gigante chinesa de equipamentos de vigilância por vídeo para fins civis e militares.