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Por Regis Rieger
Funcionários e servidores da prefeitura de Chopinzinho, município da região Sudoeste do Paraná, ficaram assustados com a operação realizada por agentes da 2ª Promotoria de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na manhã desta quarta-feira (3). O relato é do próprio prefeito da cidade, Edson Luiz Cenci (União Brasil). “Fui acordado às seis da manhã com a informação de que o pessoal do Gaeco estava no prédio”, relatou Cenci numa rede social.
O susto se deu por conta da operação Arcanjo que cumpriu mandados de busca e apreensão de documentos relativos à contratação de serviços na área da saúde, a partir do ano de 2018. Segundo o Ministério Público (MP), o alvo seria uma empresa de imagens e diagnósticos. O Blog Politicamente apurou que estão sendo investigados possíveis pagamentos em duplicidade pela prefeitura ao Instituto São Rafael, hospital filantrópico de direito privado, que recebe dinheiro público para a prestação de serviços.
A operação também se estendeu para a cidade de Coronel Vivida. De acordo com uma fonte do Blog Politicamente, um dos alvos do Gaeco seria a casa da antiga diretora do hospital, assim como a sede da prefeitura de Chopinzinho.
Segundo a Promotoria, a prefeitura teria realizado, em apenas quatro meses, pagamentos na ordem de R$ 600 mil por procedimentos já custeados pela União e pelo Estado do Paraná. Além de documentos, que passarão por perícia, foram apreendidos telefones celulares e computadores. O MP apura possíveis crimes de organização criminosa, peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações, emprego irregular de verbas ou rendas públicas, corrupção passiva, prevaricação e advocacia administrativa.
Os servidores públicos só tiveram acesso ao prédio da prefeitura após a saída dos agentes do MP. O prefeito afirmou que a operação é normal e que os fatos precisam ser apurados, destacando que a investigação não é relacionada à atual gestão.
O Instituto São Rafael confirmou que segue prestando serviços para o município de Chopinzinho, regulamentados por novos contratos. De acordo com a atual diretora da entidade, Michele Fernanda Alves, 60% dos atendimentos do Instituto são destinados ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Por meio de nota divulgada nas redes sociais, a direção da unidade também afirmou que o foco das investigações não é a atual gestão. O Blog Politicamente procurou o promotor Pedro Tenório Soares Vieira Tavares, responsável pela operação, mas não obteve retorno até o momento.