Expectativa na prefeitura de Curitiba sobre futuro de Jamur e Marilza

O clima é de expectativa na prefeitura de Curitiba. Dois secretários municipais muito próximos ao prefeito Rafael Greca estão sendo cotados para a vice na chapa de Eduardo Pimentel que vai disputar o Palácio 29 de Março. Luiz Fernando Jamur e Marilza Dias.

Ele secretário de governo e ela de Meio Ambiente. Os dois nomes são bem quistos pelo time de Greca, composto por Giovani Gionedis e Margarita Sansone. O grupo defende que o vice seja Jamur ou Marilza. Correndo por fora estaria a deputada progressista Maria Victoria, filha do Ricardo Barros que é bastante próximo do núcleo duro de Greca.

A expectativa tem relação direta com a Justiça Eleitoral. Nesta quinta-feira (6), exatamente a quatro meses das eleições municipais, vence o prazo para que secretários municipais deixem as funções na administração para concorrer ao pleito em outubro. Ambos têm perfil técnico, mas se filiaram a partidos políticos no fim da janela partidária. Ele no Podemos. Ela no Republicanos.

Enquanto Marilza e Jamur aguardam por sinais para definirem os próximos dias, Eduardo Pimentel está na Espanha — mas mantém contato direto com a cúpula da campanha. Até porque o prazo está perto do fim. Será uma sinalização de quem pode ser o vice do atual vice-prefeito.

Mas do outro lado da praça — O problema é que o assunto não termina aqui. Do outro lado da Praça Nossa Senhora do Salete, no Palácio Iguaçu, os planos que estão sendo traçados para a vice de Eduardo Pimentel são outros. Uma boa fonte do Blog Politicamente conta que existe restrição aos nomes tanto de Jamur quanto de Marilza — nada intransponível, mas há relutância.

O grupo liderado pelo governador Ratinho Junior pensa em indicar Paulo Martins, do PL de Bolsonaro, como vice de Eduardo Pimentel. E, da mesma forma, há objeções por parte do Palácio 29 de Março. Está criado o impasse e nesta queda de braço sobra cacique para pouco índio. É muita gente poderosa e boa de voto dentro da mesma canoa.

Tanto Ratinho quanto Greca têm ótimos percentuais de aceitação da gestão junto ao eleitorado curitibano. São dois cabos eleitorais importantíssimos com potencial até, quem sabe, para decidir uma eleição. Mas hoje, parece, que a canoa esta pequena para os dois.

A definição da vice pode ser discutida mais para frente, até às vésperas das convenções em meados de agosto — quando a criança chora e a mãe não vê. Até lá, o Iguaçu ainda tentará fazer com que Ney Leprevost, do União Brasil, abra mão da pré-candidatura. E a espaço da vice talvez precise estar vago para a negociação prosperar com o deputado ou com o partido.

E agora, José? — O problema é que Jamur e a Marilza não têm mais tempo. Com menos traquejo político, ambos só topam deixar seus secretarias pela certeza da vice. Jamur é servidor da prefeitura de Curitiba desde 1983 e Marilza começou em 1988. Deixar a função para ser preterido num futuro próximo não está nos planos de nenhum dos dois. Portanto, estas últimas 48 horas serão de muita conversa tanto em Curitiba como com a Espanha.

 

 

Fotos: Arquivo Prefeitura de Curitiba

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