Receba todas as notícias em tempo real no nosso grupo do whatsapp.
Basta clicar no link abaixo
Deputados governistas ainda resistem ao projeto de lei do Palácio Iguaçu de aumento da alíquota do ICMS de 19% para 19,5% — previsto para ser votado, em regime de urgência, nas sessões desta semana na Assembleia Legislativa. A principal relutância é dos parlamentares que podem disputar as eleições municipais de 2024.
Integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Alep, foram convocados para uma reunião extraordinária no início da tarde desta segunda-feira. O Blog Politicamente apurou que alguns membros da comissão receberam telefonemas para não comparecer à reunião da CCJ — tudo para evitar que o projeto do ICMS avance, numa articulação já feita com os suplentes.
Uma pesquisa encomendada por algumas entidades do setor produtivo co Paraná, sobre o projeto do governo, mostrou que 97% dos entrevistados desaprovam a alta do imposto. O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Fernando Moraes, é quem tem encabeçado este movimento do setor produtivo contra a proposta do ICMS.
Moraes vê com preocupação a alta e acredita que o Estado pode perder competitividade — sem falar que a equação que prevê aumento de imposto relacionado a alta da arrecadação não, necessariamente, é uma verdade matemática. O presidente da Faciap diz que quem será afetada com o aumento é a população paranaense, já que o empresariado vai apenas repassar a alta do imposto.
Um outro dado da pesquisa pode servir como uma bengala para os deputados governistas que contrariarem a orientação do Palácio Iguaçu — já que os entrevistados disseram que não votaria em quem for favorável à aprovação do aumento. Portanto, na sessão desta semana muitos deputados que estão de olho em 2024 devem sumir do plenário para não se comprometer com o eleitorado, nem com o governo.
O aumento do ICMS é tido como inegociável pela secretaria da Fazenda que projeta perdas substanciais caso a alíquota do imposto não seja revista — algo em torno de até R$ 600 milhões por ano. O ICMS foi baixado por decreto pelo governo Bolsonaro na véspera da eleição de 2022 numa estratégia para atrair a simpatia do eleitorado. A conta, no entanto, está sendo cobrada agora.