Uma das hipóteses aventadas sobre o roteiro de fuga da deputada federal Carla Zambelli para a Europa passa pelo Paraná — especificamente pela fronteira terrestre com a Argentina. Ela deixou o Brasil 20 dias após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
De acordo com a apuração da Tv Globo, Zambelli teria deixado a cidade de Foz do Iguaçu no dia 25 de maio rumo a Porto Iguazu e, após atravessar a fronteira, seguiu para Buenos Aires, capital da Argentina, de onde pegou um voo até os Estados Unidos e depois à Europa.
À CNN, Carla Zambelli disse que está nos Estados Unidos, que não teme ser presa e quem tem cidadania italiana — “como cidadã italiana eu sou intocável na Itália, não há o que ele (ministro Alexandre de Moraes) possa fazer para me extraditar de um país onde eu sou cidadã. Estou muito tranquila em relação a isso”.
A deputada federal afirmou ainda que agora não vai mais voltar para o Brasil e explicou: “pretendo voltar quando o Brasil voltar a ser uma democracia, quando eu tiver oportunidade de me defender legitimamente”. Depois, disse que voltaria caso a ação penal contra ela seja suspensa.
A justificativa médica não colou e a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão preventiva da deputada do PL depois que ela anunciou numa entrevista que iria se licenciar do mandato porque estava na Europa (sem citar o país) onde vai se submeter a um tratamento médico de uma síndrome rara. Agora caberá ao STF decidir sobre o pedido de prisão.
A PGR ainda solicitou a inclusão de Carla Zambelli em lista da Interpol.