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O grandioso evento promovido ontem (25) pelo Governo do Estado na sede do Palácio Iguaçu tinha todos os motivos para ser um sucesso. A pauta era o anúncio de investimentos volumosos de R$ 450 milhões para as áreas da saúde e educação. A cerimônia reunia uma plateia composta por representantes de quase todos os 399 municípios do Paraná, além de secretários de estado e deputados estaduais e federais.
Era para ser uma grande festa, mas nos bastidores… nem tudo transcorreu como deveria. A solenidade aconteceu no andar térreo do Palácio Iguaçu, no Salão Monumental — ambiente propício para grandes eventos abertos ao público. Não tinha lugar melhor. O problema, no entanto, foi com o pessoal do cerimonial.
Pouco antes de começar a solenidade, já era perceptível a movimentação de policiais da Casa Militar e do cerimonial que, a todo momento, apertavam os dedos contra o ouvido para escutar as orientações que vinham via rádio-comunicadores. Quanto mais próximo do início do evento, maior era o corre-corre. Dezenas e dezenas de pessoas foram barradas do lado de fora e não puderam acompanhar a cerimônia. Não tinha jeito.
A orientação do cerimonial, chefiada pelo capitão Murilo, era permitir a entrada apenas de prefeitos, secretários e deputados. E aí, no estilo militar, vale a máxima do missão dada, é missão cumprida. Mas em evento político é mais do que normal que prefeitos e deputados venham acompanhados de sua entourage. É preciso aquele jogo de cintura para não desagradar ninguém. Mas o beiço da turma barrada, atrás do vidro, era nítido.
“Um horror” — O governador, já ciente do que acontecia ao redor e cansado de receber reclamações sobre os “barrados”, não conseguiu esconder a irritação e, durante o discurso, disse que não faria mais eventos no Salão Monumental. Deputados estaduais e federais também reclamaram. “Foi um horror”, disse um parlamentar.
Um vereador de Pirapó, distrito do município de Apucarana, por exemplo, foi barrado. O cerimonial talvez nem saiba que é no pequeno distrito que o apresentador Ratinho, pai do governador, tem uma fazenda onde costuma descansar da rotina na capital paulista.
Renato Silva, vice-prefeito de Cascavel, também não conseguiu entrar no evento. Aliás, fontes do Blog Politicamente relatam que as autoridades de Cascavel têm tido recorrentes problemas com o cerimonial do governo. Num recente evento de entrega de casas na cidade do Oeste paranaense, o cerimonial da prefeitura comandada por Paranhos teve que sair do palco.
Há 10 dias, novamente em Cascavel, mais um contratempo. Dessa vez, durante a formatura de PM’s no Estádio Olímpico Regional Jacy Miguel Scanagatta, quando a assessoria do prefeito Paranhos não pôde entrar.
Reunião de arrumação — Depois do quiprocó, ficou agendada para esta terça-feira (26) uma reunião para tentar colocar as coisas no trilho. Darlan Scalco, chefe de gabinete do governador, deve comandar a reunião, que possivelmente terá representante da Casa Civil e da Casa Militar.
“Teve um caso no interior em que o padre da cidade foi proibido de subir no palco para fazer uma benção”, disse uma fonte ao Blog Politicamente, relatando que alguns contratempos vêm acontecendo, principalmente, depois da mudança do setor de cerimonial, que era vinculado à Casa Civil e agora esta subordinado à Casa Militar. Não está descartada uma nova mudança. O capitão Murilo, designado como chefe da divisão de cerimonial da Casa Militar, também estará presente.
Será que ele conhece? — Depois da solenidade, o que alguns se perguntavam é se o vereador de Pirapó conhece o pai do governador. E o mais importante, será que ele vai contar que foi barrado no Palácio Iguaçu?