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O jogo parece ter virado nos bastidores. Se a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná parecia uma disputa acirrada, o panorama hoje é outro, com favoritismo para o advogado Alexandre Correa Nasser de Melo. No Centro Cívico, já tem gente comentando que Nasser pode encomendar o terno para a posse.
Se nada mudar, ele será o escolhido pelo governador Ratinho Junior para ocupar a vaga deixada pela desembargadora Regina Afonso Portes, que se aposentou compulsoriamente. Embora a questão da equidade no TJ paranaense esteja sendo ponto de reflexão, os apoiadores de Nasser vêm se multiplicando na mesma proporção de influência dos novos adeptos. O Palácio Iguaçu já está, devidamente, ciente.
O nome de Nasser e das advogadas Luciana Carneiro de Lara e Helena de Toledo Coelho estão na lista tríplice que está nas mãos do governador. Mas as duas postulantes ao cargo perderam força política. A candidatura de Nasser, no entanto, ganhou novos apoios, que, por enquanto, estão voando abaixo do radar. É gente graúda que já fez chegar no Palácio Iguaçu o apoio ao candidato.
Histórico — Um ponto que conta à favor de Nasser, sem dúvida, é o “padrinho” Luiz Fernando Tomasi Keppen — desembargador presidente do tribunal paranaense. Não é único magistrado na lista de apoiadores. Pelos corredores do tribunal o raciocínio se baseia no histórico. “Tanto o ex-presidente Xisto (Adalberto Jorge Xisto Pereira) quanto o Zé Laurindo (José Laurindo de Souza Netto) conseguiram emplacar seus aliados como desembargador, e por quê com o Keppen seria diferente?”, indaga uma das fontes ouvidas pelo Blog Politicamente.
O Palácio Iguaçu não tem resistência quanto ao nome de nenhum dos três candidatos. E, assim como no xadrez, não perde de vista a próxima jogada: fazer de Letícia Ferreira, que deixou há pouco a Procuradoria Geral do Estado, a próxima desembargadora do Tribunal de Justiça na vaga de Vilma Rezende, recém-aposentada. Letícia já está correndo o trecho visitando conselheiros, apresentando o cartão de visita.
Se para todos os candidatos, a chegada ao TJ depende de três fases — lista sêxtupla da OAB, tríplice do TJ e, por fim, a escolha do governador –, Letícia tem o caminho mais curto. E a eventual nomeação de Nasser vai representar mais uma jogada neste tabuleiro, cujos peões já foram desconsiderados, restando apenas as principais peças do xadrez.