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O governador Ratinho Junior (PSD) convocou o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSD), e o líder do governo, Marcel Micheletto (PL), para uma reunião hoje de manhã no Palácio Iguaçu.
O Blog Politicamente conversou com algumas fontes dos Poderes Executivo e Legislativo. O que vem por aí, nas próximas duas semanas, é um pacotão de projetos do governo. Falam em mais de 20. Alguns, para lá de indigestos.
Na relação de mensagens a ser encaminhada para a Alep, estão projetos da área da Educação e também uma reforma administrativa do governo.
Conta uma boa fonte, que o Palácio pretende desmembrar algumas secretarias e criar outras. Fala-se em Secretaria de Ensino Superior, Esporte, Trabalho, Mulher e Indústria e Comércio — além de mudanças nas atribuições de algumas outras, como a Secretaria de Infraestrutura e Logística.
Este movimento vai na direção contrária do enxugamento promovido por Ratinho no início do mandato — lá em 2019. Este efeito sanfona está por vir.
Inchar a máquina pública é tudo que nenhum governante quer. Mas, em se tratando de segundo mandato, é mais que normal. É preciso acomodar todos os aliados — muitos vieram da ampla aliança formada para conquistar a reeleição. A fome político-partidária esta grande.
Para o Palácio, a reforma é necessária, principalmente, após a derrota do presidente Jair Bolsonaro — a quem Ratinho apoiou e contava com alguns espaços no Governo Federal para acomodar alguns aliados mais ligados ao Capitão.
Apesar dos quase 70% de aprovação de Ratinho nas urnas, os palacianos acreditam numa rejeição momentânea, mas que o tempo vai arrefecer.
A oposição na Alep vai se debater e esbravejar, mas o rolo compressor da base governista vai passar. E Traiano e Micheletto foram convocados pelo Palácio Iguaçu justamente para fazer esta máquina andar de forma azeitada.