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O advogado criminalista Jeffrey Chiquini, que mantém escritório em Curitiba, assumiu a defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo — preso pela Polícia Federal (PF) na operação contragolpe suspeito de ser um dos articuladores do plano golpista que envolvia a morte do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O militar integra um grupo especial de elite do Exército Brasileiro conhecido como “kids pretos”.
Além dele, a PF prendeu outros três militares do Exército, ligados aos chamados “kids pretos”: o general de brigada Mário Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima e o major Rafael Martins de Oliveira. O policial federal Wladimir Matos Soares também foi detido.
Rodrigo Bezerra de Azevedo está lotado no Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro e atualmente mora em Goiânia, mas foi preso no Rio de Janeiro onde participava do esquema de segurança montante durante o G20 — fórum internacional de cooperação econômica que reúne 19 países e dois blocos regionais: a União Europeia e a União Africana.
A PF aponta que Azevedo teria usado números telefônicos associados diretamente a grupos de Whatsapp montados para planejar ações contra Alexandre de Moraes, que foi que determinou a prisão dos militares.
“Há robustos e gravíssimos indícios de que, no contexto de uma organização criminosa, os investigados (…) Rodrigo Bezerra Azevedo contribuíram para o planejamento de um Golpe de Estado, cuja consumação presumia, na visão dos investigados, a detenção ilegal e possível execução do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal, com uso de técnicas militares e terroristas, além de possível assassinato dos candidatos eleitos nas Eleições de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin e, eventualmente, as prisões de pessoas que pudessem oferecer qualquer resistência institucional à empreitada golpista”, cita Moraes.
Na investigação, o militar é descrito como um agente de perfil técnico — o que é pontuado pelos agentes federais. “Tais fatos evidenciam que Rodrigo Azevedo associou-se à ação clandestina que tinha a finalidade de prender/executar o ministro Alexandre de Moraes, empregando técnicas de anonimização para se furtarem à responsabilidade criminal, visando consumar o golpe de Estado”, aponta a PF.
Por meio de nota à imprensa, Jeffrey Chiquini, informou que “neste momento, os fatos imputados ao Oficial, bem como as informações de datas e locais constantes na investigação, não condizem com a realidade”. E que está reunindo e organizando documentos e provas para apresentar às autoridades, “com o objetivo de esclarecer os equívocos presentes no relatório da polícia judiciária”.
Tudo será devidamente demonstrado e comprovado. Afirmamos que a prisão do Oficial foi equivocada e desnecessária.