Paranaguá: Presidente da Câmara e vereadores são alvos da PF por suspeita de compra de votos

Atualizado às 14h14

O presidente da Câmara Municipal de Paranaguá, Fábio dos Santos (PSDB), e os vereadores Renan Brito (PP) e Bruno do Idamir (Bruno Gomes Miguel Renosto), também do PP, são alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) que apura um esquema de compra de votos na eleição de 2024. A ação foi batizada como “operação Voto Não Tem Preço”.

Foto: Divulgação PF/PR

Agentes da PF cumpriram na manhã desta quinta-feira (24) oito mandados de busca e apreensão, sendo três deles na Câmara Municipal. Os federais estiveram no gabinete dos três vereadores em busca de documentos relacionados a investigação.

De acordo com uma fonte da PF, ligada à investigação, o esquema de compra e venda de votos favoreceu os três vereadores e um que foi eleito neste pleito — mas que não teve o nome divulgado. Mais de 50 pessoas estão sendo investigadas pela PF neste esquema criminoso.

Dos três vereadores investigados pela PF, dois foram reeleitos. Fábio dos Santos, atual presidente da Câmara, teve 1.340 votos e Renan Britto, do PP, foi reeleito com 1.487 votos. Já Bruno do Idamir não foi reeleito e ficou na suplência do PP.

O Blog Politicamente ainda não conseguiu contato com os três vereadores alvos da operação da Polícia Federal.

Câmara de Paranaguá se manifesta

No fim da manhã desta quinta-feira (24), a Câmara Municipal de Paranaguá divulgou uma nota sobre a operação da Polícia Federal. A Câmara confirma que a ação dos agentes da PF se concentraram nos gabinetes da parlamentares, “a fim de dar continuidade às investigações a respeito de supostas ilicitudes que teriam sido praticadas durante o último pleito eleitoral”. A nota cita ainda que o legislativo municipal colaborou com a Polícia Federal “a fim de facilitar a obtenção do êxito esperado na diligência”.

A nota da Câmara informa que nenhum computador foi levado pelas autoridades policiais, apenas a realização de espelhamento de informações — ou seja, todos os dados foram copiados pela PF. E que seguirá colaborando plenamente com as investigações e reitera seu compromisso com a transparência e o respeito à legalidade.

 

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