O plano de Ricardo Barros para Guto Silva

Os progressistas realizam neste sábado a convenção em Londrina e lá do Norte do Paraná não deve vir nenhuma surpresa. Alinhamento com o governador Ratinho Junior (PSD), chapa de estadual e federal competitivas e a oficialização de Guto Silva como candidato ao Senado Federal.

É sabido que a pré-candidatura de Guto não decolou como se esperava. Ex-chefe da Casa Civil do governo Ratinho, fotos sorridentes com o presidente Jair Bolsonaro (PL)… esperava-se mais. Os trackings mostram que a luta será inglória e difícil.

O Blog Politicamente conversou com fontes do PP e pessoas próximas a Guto e ao cacique progressista Ricardo Barros para entender o motivo da manutenção da candidatura — já que Guto poderia seguir outros destinos, talvez mais seguros, como a reeleição para a Assembleia Legislativa, por exemplo.

Perfil — Líder do governo Bolsonaro, Barros dispensa apresentações. É um exímio estrategista político, habilidoso e com excelente trânsito nos três poderes — tanto no Paraná quanto em Brasília. Diante da adversidade, qual estratégia Ricardo Barros traçou para Guto Silva?

Ninguém lhe tira da cabeça que a candidatura do ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil) não será deferida pela Justiça Eleitoral. Moro desponta como um dos principais adversários de Guto — juntamente com o senador Alvaro Dias (Podemos) que busca a reeleição. Barros até já disse isso publicamente. Moro recorreu à imprensa para rebater Barros e apresentou certidões que lhe garantem a elegibilidade.

Não se sabe os detalhes que dão esta certeza a Ricardo Barros. Mas em se tratando dele é de se imaginar que alguma tese jurídica foi muito bem desenhada para tirar Moro da eleição. O PP deve ingressar com uma ação para tentar impugnar a candidatura de Moro assim que a justiça eleitoral fizer o registro.

Com Moro fora da disputa e Alvaro isolado no Podemos, pensa Barros, o caminho de Guto é mais tranquilo para chegar ao salão azul. A segunda etapa seria convencer Ratinho Junior (PSD) e o Capitão Bolsonaro para dar aquele “empurrãozinho” — embora o preferido dos dois governantes simpatizem mais com Paulo Martins (PL).

Há quem diga que é mais fácil convencer o presidente, já que a relação de Guto com o ex-chefe está longe do que era.

Compartilhe nas redes