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Quando se trata de moradia, Curitiba ocupa o quinto lugar entre as capitais com o metro quadrado mais caro em todo o país, e é a nona cidade com a maior valorização dos imóveis. Segundo informações da da DataZap, plataforma de dados especializada em estatísticas do mercado imobiliário brasileiro, em fevereiro de 2024, o preço médio era de R$ 9.273,00.
Já a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), o valor, em maio, registrou um valor ainda maior – R$ 12.500,00. Esses índices mostram que Curitiba é uma boa opção para quem quer fazer investimentos imobiliários. No primeiro trimestre de 2024, a Ademi registrou alta na comercialização de 12,4% nos imóveis.
Por outro lado, a valorização do setor é uma barreira para milhares de famílias de baixa renda que tentam conquistar um teto. Para esse público resta a expectativa de conseguir um imóvel por meio dos programas habitacionais financiados pelos governos federal, estadual ou municipal.
Um estudo divulgado em maio pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) indica que Curitiba tem um déficit de 90 mil residências. Ao todo, 58.781 famílias estão cadastradas em Curitiba à espera da liberação de imóvel. Outras 43.461 famílias vivem em uma das 322 favelas existentes e 7.400 vivem em mais de 90 loteamentos irregulares.
O problema é grande e não há fórmula mágica que possa resolver em um curto espaço de tempo. Por isso, o Blog Politicamente buscou as principais propostas dos dez candidatos que disputam a prefeitura de Curitiba.
O plano de governo de Andrea prevê a construção de casas em locais que já receberam a infraestrutura ou em áreas chamadas de vazios urbanos. As casas serão construídas em condomínios e vão aprender também as pessoas em situação de rua. A proposta coloca ainda que a edificação não ficará nas mãos de empresas que atuam no mercado imobiliário. Se eleita, Andrea vai utilizar o aluguel social para ocupar o centro da cidade para reduzir os custos sociais como o transporte público. A candidata também quer promover a regularização fundiária e urbanização de áreas que hoje são irregulares.
A construção de casas de baixo custo, por meio de parcerias público-privadas, é indicada no plano de ações governamentais de Cristina Graeml. Os imóveis, “ecologicamente corretos” – erguidos com tecnologias sustentáveis, poderão ser financiados em modelos existentes na Finlândia e no Canadá. As áreas de favelas passarão por melhoramentos urbanos e haverá a regularização de áreas sem documentação.
A reestruturação da Companhia de Habitação Popular de Curitiba- Cohab – abre as propostas do candidato. Pimentel afirma que seu governo irá implantar um modelo de gestão dentro da política habitacional do município, a fim de tornar a Cohab financeiramente sustentável. O candidato que aumentar em 20% os recursos para o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social a cada ano de seu possível governo. A prioridade dos programas de financiamento de imóveis é o atendimento de famílias de renda familiar até R$ 2.640,00. O aluguel social está previsto como medida de redução do déficit habitacional, assim como a regularização fundiária e a retirada de famílias que estão em áreas de risco geológico e climático
O candidato aponta que se for eleito, os imóveis ocupados serão regularizados pela prefeitura. De forma alguma o governo municipal fará a reintegração de posse, mas sim irá colocar toda a estrutura do município para garantir que as ocupações se “tornem moradias dignas”. Outra meta é a expropriação dos imóveis que estão dentro do contexto de especulação imobiliária. Se essas medidas não forem suficientes para acabar com o problema de falta de moradias, serão construídas mais casas.
Se eleito, Ducci vai transformar a estrutura Cohab na Secretaria Municipal de Habitação Popular. Serão construídos apartamentos para 6 mil famílias com renda de até seis salários mínimos. Seis mil famílias serão retiradas de áreas consideradas impróprias e haverá a regularização fundiária. O candidato também vai propor a criação de um consórcio com as cidades da Região Metropolitana para criar e viabilizar novas áreas destinadas à moradias.
Como a moradia é direito humano, Luizão indica no seu plano que vai incentivar a construção de casas populares revitalizando áreas degradadas. Outro apontamento é a melhoria das residências já existentes e que estão em áreas consideradas vulneráveis. Seu governo vai implantar a Secretaria Municipal de Habitação e Interesse Social para construir cinco mil residências por ano. Como prefeito, Luizão vai destinar 3% do orçamento da cidade para realocar as famílias que estão em áreas irregulares e de risco. O aluguel social e o subsídio para a aquisição de moradia para famílias com renda de até três salários mínimos serão implementados. Pessoas em situação de rua terão acesso aos programas habitacionais.
O governo da candidata vai ampliar o programa de regularização fundiária para garantir infraestrutura para as pessoas que ocupam áreas irregulares. Maria Victória também irá criar o condomínio do idoso para garantir moradia digna e inclusão social das pessoas mais velhas.
O candidato afirma que ao assumir o governo vai promover “um grandioso” programa de construção de moradias. As famílias que estão em áreas de risco serão realocadas e receberão o aluguel social até que recebam suas casas. Como prefeito, Ney vai buscar linhas de crédito dentro e fora do Brasil para custear as residências. A Cohab, o Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano (Ippuc) e a Fundação de Assistência Social irão trabalhar em conjunto para encontrar meios de garantir “moradias dignas” para as famílias que estão em uma das favelas existentes em Curitiba. Já as pessoas que estão em imóveis em situação irregular receberão suporte jurídico para obterem os registros de posse.
Na hipótese de ser eleito, Requião vai diagnosticar as áreas subutilizadas dentro dos vazios urbanos para transformá-las em espaços habitáveis. O objetivo é reduzir o déficit habitacional na cidade. O município vai retirar as famílias de áreas ambientais ou de risco e investirá na construção de habitações populares em parceria com o governo federal e estadual. Serão implantados programas para a regularização fundiária. Outra ação é a oferta de apoio técnico e financeiro para que as famílias possam construir as suas casas. A burocracia para aprovação de loteamentos populares será reduzida.
Mattos vai aumentar o investimento de modo que “todos tenham uma casa onde morar”. O plano prevê a regularização de loteamentos e ocupações para garantir a implantação de saneamento básico, por exemplo. A Cohab irá criar um plano de obras para a construção de casas para zerar a demanda na cidade. Outra medida é a expropriação de imóveis “dos grandes proprietários” que articulam “a especulação imobiliária”. Não serão afetadas as pessoas que têm imóveis para locação como fonte de renda.