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União e mobilização da militância. Estes foram os termos de convergência no discurso de todos os representantes dos partidos da frente ampla da esquerda que têm em Luciano Ducci (PSB) e o vice Goura (PDT) os pré-candidatos na disputa pela prefeitura de Curitiba. A convenção do PSB de Ducci neste domingo formalizou a chapa e a estratégia desenhada em Brasília que tem como objetivo unir as legendas de esquerda em 2024 pensando no projeto de reeleição do presidente Lula daqui a dois anos.
O recado é mais direcionado para a militância do PT que ainda mantém alguns pequenos e isolados focos de resistência ao nome de Ducci. Mas a presença do presidente estadual do PT, Arilson Chiorato, e da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, na convenção de Ducci, ratifica não só o planejamento nacional, mas como a chancela de Lula e é um claro sinal para que o PT não poupe esforços para eleger o candidato da esquerda. A declaração de Ducci na sabatina da Folha de São Paulo de que ele é o candidato de Lula em Curitiba caiu muito bem no ninho petista — tendo inclusive sido motivo de elogios por parte do presidente da República.
“A militância do PT jé entrou na nossa campanha. Temos feito reuniões muito boas pelos bairros da cidade. Esta sendo uma construção muito boa e conjunta de pessoas que querem mudança no caminho da cidade e isso eu e Goura representamos bem”. Sobre a presença de Lula no palanque em Curitiba, o pré-candidato do PSB disse que aguarda o presidente. “Quero o presidente Lula pedindo voto, gravando e ajudando a gente nos projetos que vamos levar para ele em Brasília”, completou.
Gleisi no discurso agradeceu a compreensão e a grandeza do PT de abrir mão de estar na cabeça da chapa em prol de uma pré-candidatura mais viável eleitoralmente na capital do estado. “Chega um momento da história de termos de ter a grandeza de fazer uma aliança pela vitória”, disse. “Lula teve quase 40% na eleição de 2022 se este eleitorado lulista estiver com você Luciano, e estará, nós vamos para o segundo turno”.
A presidente nacional do PT aproveitou para cutucar Eduardo Pimentel — pré-candidato do prefeito Rafael Greca e do governador Ratinho Junior. “O que o Eduardo foi beijar a mão de Bolsonaro? O que Bolsonaro fez de obras no Paraná?”, questionou a pestista, se referindo a viagem de Ratinho e Eduardo Pimentel a Porto Alegre para ter a benção e o apoio do ex-presidente do PL.
Chiorato foi ainda mais enfático no recado à militância do PT durante o discurso. “O 13 do PT nas urnas agora é 40. E o L de Lula agora é o L de Luciano Ducci”.
Ducci fomentou a necessidade de união. “Estamos num enfrentamento contra a extrema direita. Nós estamos unidos aqui, eles estão divididos do lado de lá”, comparou Ducci, se referindo a presença de cinco pré-candidatos da centro direita: Beto Richa (PSDB), Cristina Graeml (PMB), Eduardo Pimentel (PSD), Maria Victoria (PP) e Ney Leprevost (União Brasil).
O pré-candidato e anfitrião do evento, voltou a criticar a gestão Greca/Eduardo em temas já recorrentes: preço da tarifa de ônibus, habitação em Curitiba e os moradores de rua. Com formação médica, Ducci comentou sobre a dependência de Curitiba dos hospitais da Região Metropolitana: Rocio e Angelina Caron. “Nós vamos fazer o hospital e pronto-socorro em Curitiba com 400 leitos”, prometeu o pessebista, para ao final reafirmar o mantra que a campanha pretende espalhar pelos 75 bairros da cidade: “Nós (Luciano e Goura) somos os candidatos do presidente Lula aqui em Curitiba”.
A convenção contou ainda com a presença do ex-governador de São Paulo e ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do governo Lula, Márcio França. Ênio Verri, diretor geral do lado brasileiro da Itaipu, não pode comparecer ao evento e gravou um vídeo enaltecendo a pré-candidatura de Luciano Ducci. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, também mandou um vídeo — já que ele está em missão internacional. Carlos Lupi, mandachuva do PDT, também encaminhou uma mensagem em vídeo.
Só faltou um vídeo, uma manifestação, de apoio do presidente Lula a Luciano Ducci e Goura. “Queremos muito que o presidente Lula venha a Curitiba. Ele ainda não definiu as agendas que ele vai participar, mas eu já fiz esta solicitação a ele”, minimizou Gleisi Hoffmann.