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Qual o peso eleitoral do apoio do governador Ratinho Junior e do prefeito de Curitiba Rafael Greca na disputa pela prefeitura de Curitiba na eleição de outubro? A Pesquisa Radar Inteligência, que trouxe o cenário para a disputa pela prefeitura de Curitiba, aferiu também a dimensão deste apadrinhamento e o resultado, divulgado nesta segunda-feira (18), foi motivo de comemoração no bunker de Eduardo Pimentel — pré-candidato declarado e explícito tanto de Ratinho quanto de Greca.
O instituto ouviu 816 eleitores de Curitiba. E 49,8%, quase metade, responderam que aumenta a vontade de votar no candidato indicado pelo governador — 16,7% responderam que diminui a chance de voto e 27,7% se mostraram indiferente. Os números de Greca são bons, mas um pouco menor que o poder de influência de Ratinho. 40,9% disseram que aumenta a vontade de votar no candidato que sabidamente é apoiado pelo prefeito de Curitiba, enquanto que 17,2% diminuem as chances de voto e 35,8% disseram que não altera em nada o apoio de Greca.
Bem avaliados — Os dados podem ser explicados pela percepção do eleitor de Curitiba quanto a gestão tanto de Ratinho no Iguaçu quanto de Greca no Palácio 29 de Março. 68,2% dizem aprovar a administração de Rafael Greca e 22,2% reprovam; e a taxa do governador chega a 74,7% de aprovação contra 17,6% de eleitores que não concordam. Quem tá feliz da vida é o marqueteiro Juca Pacheco, da Gpac, que vai comandar a campanha de Eduardo Pimentel.
O primeiro passo já foi dado e os frutos começaram a ser colhidos no início de 2024. Em dezembro de 2023, o PSD fez uso das inserções partidárias nas quais “apresenta” Eduardo Pimentel junto aos “padrinhos”, o governador Ratinho Junior e o prefeito Rafael Greca. Pesquisas internas manuseadas por poucas mãos dentro do bunker revela um porcentual grande do eleitorado curitibano que não conhecia o vice-prefeito — até pelo “jeitão” de Rafael Greca tocar a prefeitura. A avaliação interna é que os comercias surtiram efeito.
A superexposição na mídia tradicional e nas redes sociais, por conta dos cargos de vice-prefeito de Curitiba e secretário das Cidades, também foi levada em conta. Mas internamente considera-se Ratinho e Greca como grandes trunfos da campanha do vice — principalmente com os números trazidos pela própria pesquisa Radar sobre a influência mais negativa do que positiva do presidente Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro junto ao curitibano.
A estratégia pode ser redesenhada no sentido de deixar a polarização entre Lula e Bolsonaro para os pré-candidatos Paulo Martins (PL) e Luciano Ducci (PSB) — surfando no espectro da centro-direita sem polemizar com o discurso nacional, com preocupação central em discutir Curitiba. A tática tem tudo para ser aplicada também pelo pré-candidato Ney Leprevost do União Brasil.
Metodologia: A pesquisa ouviu 816 eleitores curitibanos nos dias 11, 12 e 13 de março e tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95% e o registro no TRE é PR-07339/2024.