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Todas as pesquisas divulgadas neste sábado (26), véspera da votação do 2º turno em Curitiba, apontam vitória de Eduardo Pimentel (PSD) sobre Cristina Graeml (PMB). O que muda de uma para outra é o porcentual. Mas a pesquisa AtlasIntel revela mais que números — ao comparar os dados deste sábado com os divulgados há 12 dias (14 de outubro). Mostra, por exemplo, qual foi o perfil do eleitor curitibano que migrou da trincheira de Cristina Graeml para o barco de Eduardo Pimentel — o que o colocou na dianteira da disputa pelo Palácio 29 de Março. E revela que uma parte dos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro abandonou Cristina e vai com Eduardo neste 2º turno.
Se na primeira etapa Bolsonaro flertou com as duas candidaturas em Curitiba, na reta final do 2º turno o “Capitão” declarou a interlocutores e pessoas próximas que manteria a neutralidade na eleição da capital paranaense. Tanto é, que o ex-presidente não desembarcou em Curitiba durante todo o pleito de 2024.
Dos eleitores que votaram em Bolsonaro na eleição de 2022, 68% disseram no dia 14 de outubro que votariam em Cristina Graeml. Este índice baixou para 54,9% agora — perda significativa de 13,1%. Eduardo abocanhou parte deste eleitorado: ele subiu de 31% para 40,2% nos últimos 12 dias.
Eduardo também ganhou mais eleitores que votaram no governador Ratinho Junior em 2022: cresceu de 43,7% em 14 de outubro para 54,4%. Isso refletiu nos que estavam com Cristina — de 55,2% no estudo anterior para os atuais 40,8%. Este movimento do eleitorado de Ratinho pode ser explicado pela maior aparição do governador tanto no programa eleitoral de rádio e TV quanto em agendas de campanha.
Eduardo “roubou” eleitores de Cristina do seguinte perfil: homem (de 35,6% para 44,4%), com 60 anos ou mais (49,6% para 59,5%), evangélico (30% para 44,5%), com ensino superior (47,2% para 62,9%), que tem uma renda familiar declarada de 3 a 5 salários mínimos (30,6% para 59,5%). O eleitorado com estas características transferiu o voto, segundo a Altas, de Cristina para Eduardo nesta reta final do 2º turno. Ou seja, a migração foi direta: ele ganhou e ela perdeu nestes 12 dias.
Chama a atenção o movimento dos eleitores que receberam o benefício do Bolsa Família, oferecido pelo Governo Federal. Se no dia 14 de outubro eles estavam em sua maioria com a candidatura de Eduardo, agora estão com Cristina Graeml. Eduardo tinha 59,5% dos votos dos eleitores entrevistados pela Atlas que declararam ser beneficiário do Bolsa Família e agora tem 7,3%. Já a candidata do PMB tinha 22,4% há 12 dias e agora tem 92,7%. Ou seja, 9 em cada 10 curitibanos que recebem o Bolso Família, e foram entrevistados na pesquisa, declaram que vão votar em Cristina Graeml.
A sondagem também revela que o apoio de Maria Victoria (PP) e Luizão Goulart (SD) a Eduardo ajudou e muito no desempenho eleitoral do candidato do PSD: em 14 de outubro 55,7% dos eleitores da deputada estadual declaram voto no 55, agora são 91,3%. O percentual de eleitores de Luizão subiu de 37,7% para 72,9% em 12 dias.
Os dados da pesquisa AtlasIntel ajudam a entender o crescimento de Eduardo Pimentel nestes últimos 12 dias e, por consequência, a queda de Cristina Graeml na intenção de voto do eleitor curitibano.
Metodologia: A pesquisa Atlas Intel tem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número PR-08211/2024. Foram entrevistados 1.221 eleitores em Curitiba, entre os dias 20 e 25 de outubro. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.