Tribunal de Justiça elege novos membros para o TRE

Julgamento de Sergio Moro no TRE pode ter influenciando votação para a vaga de desembargador eleitoral

O Tribunal de Justiça do Paraná elegeu nesta sexta-feira (11) , durante a sessão do Tribunal Pleno, os magistrados que vão integrar a nova composição do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) paranaense — que vão conduzir o processo eleitoral de 2026. As mudanças se devem ao término do mandato de alguns atuais integrantes da Corte Eleitoral.

Por aclamação, o desembargador Antonio Franco Ferreira da Costa Neto foi escolhido para preencher a vaga de membro substituto do TRE na vaga do também desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza — cujo mandato se encerra no próximo dia 23 de julho de 2025.

O mês de julho, também marca o fim dos mandatos dos juízes Anderson Ricardo Fogaça e juiz Guilherme Frederico Hernandes Denz. Para a vagas deles, o TJ elegeu os juízes Osvaldo Canela Junior, que recebeu 57 votos, e Vanessa Jamus Marchi, também com 57 votos. Para a função de juízes substitutos do TRE, foram escolhidas as juízas Sandra Bauermann, que teve 59 votos, e Adriana de Lourdes Simette, com 53 votos.

Na mesma sessão do Tribunal Pleno, os desembargadores votaram nos três advogados que vão concorrer a vaga de membro efetivo do TRE — já que o atual desembargador eleitoral Júlio Jacob, oriundo da OAB do Paraná, encerra o mandato no próximo dia 02 de maio.

O resultado chamou a atenção, já que Júlio Jacob disputava a recondução à Corte Eleitoral do Paraná — e era tido como favorito para compor a lista tríplice que será encaminhada ao presidente Lula.

Julgamento de Moro pode ter influenciado

O que se comenta pelos corredores do TJ do Paraná é que Júlio Jacob não alcançou a votação necessária por conta do julgamento de Sergio Moro no TRE do Paraná em abril de 2024.

O magistrado, na época, votou pela cassação do mandato do senador por abuso do poder econômico durante a campanha para as eleições de 2022. Moro acabou escapando da cassação tanto durante o julgamento no Paraná quanto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O revés se deve ao posicionamento “mais lavajatista” de muitos desembargadores do TJ.

Os mais votados no TJ foram os advogados Roberto Aurichio Junior, com 85 votos, Andrey Marzanatti Bornia, com 62 votos e Everton Jonir Fagundes Menengola, com 54 votos. A lista tríplice será encaminhada para o presidente Lula escolher quem será o próximo desembargador eleitoral.

Para a vaga de membro substituto do TRE, o mais votado foi o advogado Alessandro Agnolin — eleito para a vaga com 85 votos.

Três novos desembargadores

Ainda durante a sessão do Tribunal Pleno, foram escolhidos três novos desembargadores para a Corte: Paulo Damas e Givanildo Nogueira Constantino foram promovidos ao cargo máximo da magistratura pelo critério de antiguidade.

O magistrado Márcio José Tokars foi promovido a desembargador pelo critério de merecimento. As promoções decorrem das aposentadorias dos desembargadores Stewalt Camargo Filho e José Joaquim Guimarães da Costa e do falecimento do desembargador Hamilton Mussi Corrêa.

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