TCU aprova concessão do canal de acesso do Porto de Paranaguá

Antes de lançar edital de licitação, a Antaq terá de fazer série de ajustes com foco em transparência, segurança institucional e melhoria da fiscalização
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou o projeto de concessão do canal de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina, no Litoral do Paraná. Será a primeira concessão de acesso a porto público no Brasil, com previsão de investimentos da ordem de mais de R$ 1 bilhão. A empresa vencedora, escolhida através de processo licitatório, ficará responsável pela ampliação, manutenção e exploração do canal de acesso ao porto.

De acordo com o projeto, a futura concessionária vai administrar o acesso aos portos paranaenses por 25 anos, com chance de prorrogação por até 70 anos. O processo de desestatização, por meio de concessão, está sob a relatoria do ministro Benjamin Zymler.

“O leilão deverá ser o primeiro projeto brasileiro de concessão de infraestrutura de acesso aquaviário em portos organizados. A finalidade é selecionar, por meio de licitação, o parceiro privado responsável por três elementos fundamentais: a ampliação, a manutenção e a exploração do canal de acesso ao porto”, explicou o ministro Benjamin Zymler.

No entanto, antes, porém de lançar o edital de licitação, a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) terá de fazer uma série de ajustes com foco em transparência, segurança institucional, melhoria da fiscalização, incluindo a exigência de publicação de documentos técnicos, e que a concessionária estabeleça sistema integrado de ouvidoria, em tempo real, sem filtragem prévia.

Após análise técnica, o tribunal, também recomendou ao Ministério dos Portos e Aeroportos (MPor) o aperfeiçoamento da metodologia de cálculo de descontos tarifários, além de correções em cláusulas contratuais. A previsão é que o edital seja publicado no terceiro trimestre.

O Porto de Paranaguá é o 2º maior do Brasil em termos de movimentação de cargas, ficando atrás apenas do Porto de Santos e será o 1º no Brasil a regularizar 100% de suas áreas por meio de arrendamentos e concessões.

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