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Por Karlos Kohlbach
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná deu prazo de cinco dias para que a Secretaria de Educação do Paraná preste informações sobre a produção e envio em massa de um vídeo apócrifo contrário à greve dos professores — deflagrada no mês junho durante a votação do projeto Parceiro da Escola na Assembleia Legislativa.
O governo terá de explicar ainda o contrato que mantém junto a Celepar que permitiu, segundo o secretário Roni Miranda, o disparo do vídeo para mais de 2 milhões de pessoas. A determinação foi do conselheiro Augustinho Zucchi e o despacho deve ser divulgado nesta sexta-feira (5).
Uma boa e informada fonte do Blog Politicamente, adiantou que o pedido de afastamento do secretário da Educação Roni Miranda não foi apreciado pelo conselheiro uma vez que a Corte de Contas não teria atribuição para afastar um secretário de Estado. O que Roni Miranda terá de explicar é como o governo dissemina um vídeo apócrifo para milhões de pessoas.
A oposição promete dissecar este assunto nas sessões plenárias da Assembleia Legislativa da próxima semana.
O despacho de Zucchi é uma resposta à provocação feita pela deputada do PT, Ana Júlia. A parlamentar alega que o material “criminaliza a paralisação dos professores” no dia 3 de junho deste ano e “tem caráter político”.
Em entrevista à RPC, Roni Miranda justificou o disparo em massa do vídeo contra a greve dos professores. “Nós temos que falar a verdade para os pais. Se o pai concorda… Ninguém impediu de enviar seus filhos para o movimento, mas a gente só queria comunicar que tenham ciência de onde os seus filhos estarão. Mas a decisão sempre é dos pais”. Mas será que o governo deveria fazer esta comunicação através de um vídeo apócrifo?
Diante do posicionamento da Corte de Contas, a tendência, diz uma fonte, é que a oposição agora acione o Tribunal de Justiça do Paraná — esse sim com plena competência para julgar o pedido da deputada Ana Júlia.