O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, atribuiu o bom desempenho do Paraná e de Goiás no IDEB (Índice de Desenvolvimento de Educação Básica) de 2024 à implantação das escolas cívico-militares. A declaração foi dada numa entrevista: “Quais são os dois estados da federação que têm mais escolas cívico-militares? Paraná e Goiás. Quais são as duas unidades da federação que têm os melhores resultados no IDEB? Goiás e Paraná. Opa. Não preciso falar mais nada”.
O Paraná é, de longe, o estado com mais colégios com esta modelagem: são mais de 300 no total implantados desde 2020 pelo governador Ratinho Junior. Goiás vem bem atrás. E os dois estados se destacaram no IDEB de 2024, com os melhores resultados. Aliás, no Paraná, o desempenho das escolas cívico-militares foi superior ao dos colégios “normais”obtendo notas maiores.
Tarcísio passou por um embate jurídico para adotar o modelo no estado paulista — tendo que recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Uma decisão do ministro Gilmar Mendes derrubou uma liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo que impedia a mudança no modelo. A intenção do governador é retomar agora em 2025 a consulta pública nas 300 escolas interessadas em aderir ao modelo cívico-militar e iniciar a implantação em 2026.
As escolas cívico-militares foi uma das bandeiras da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foi nesta época, que o governador do Paraná apostou na mudança do modelo escolar. Com a derrota nas urnas em 2022, o governo do presidente Lula encerrou o programa federal que tratava da modalidade de ensino. Apesar do término, estados e municípios puderam optar por regulamentar as escolas e mantê-las com recursos próprios.