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Era 23h da noite de ontem (3) quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou uma decisão do próprio órgão no processo que trata sobre a presidência do PROS. Mais do que isso. O processo define o caminho que o partido vai tomar nas eleições de 2022 — com reflexo no cenário nacional e nos Estados.
A decisão do ministro relator Antonio Carlos Ferreira reconduz Marcus Vinicius Chaves de Holanda ao comando da executiva nacional do PROS — substituindo Eurípedes Gomes de Macedo Júnior, que tinha obtido decisão no STJ para assumir o partido.
Na prática este vai e vem do STJ mexe no quadro político uma vez que os dois têm posições antagônicas com relação ao destino do PROS nas eleições de outubro. Enquanto Holanda defende candidatura própria, com Pablo Marçal, Eurípedes defende aliança com o PT do ex-presidente Lula.
No Paraná, com Holanda no comando o PROS, o partido vai para aliança do governador Ratinho Junior (PSD). Mas se Eurípedes conseguir o comando do partido, o PROS pode cair no colo de Roberto Requião (PT) — embora o presidente do PROS no Paraná, deputado federal Toninho Wandscheer diga que o compromisso firmado pela legenda com Ratinho será mantido independente da executiva nacional.
O prazo para a convenção partidária termina nesta sexta-feira (5). Pelo andar da carruagem, somente no último minuto será possível saber o destino do PROS. Vai depender qual decisão judicial estará valendo — se a favor de Holanda ou a Eurípedes.
A deputada federal Aline Sleutjes, que lançou a pré-candidatura ao Senado, disse ao Blog Politicamente que o destino do PROS do Paraná está traçado, independentemente de quem estiver no comando da executiva nacional. E que o diretório estadual está livre para apoiar a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).