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Solidariedade e PRD anunciam federação na próxima semana

No Paraná, a federação deve ser comandada por Fernando Francischini. Os partidos devem caminhar longe do projeto de reeleição de Lula

Atualizado às 11h19

Está marcada para o dia 11 de junho a formalização da federação entre o Solidariedade e o PRD. O evento acontecerá no Salão Verde da Câmara dos Deputados, em Brasília. Os partidos devem caminhar longe do projeto de reeleição do presidente Lula de 2026.

A aliança foi selada na noite da última sexta-feira (30), após entendimento entre as lideranças das duas legendas — com o pleno aval do presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força. A documentação sobre o casamento entre SD e PRD será encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O critério escolhido para indicação dos futuros Presidentes Estaduais da Federação será de acordo com a votação nas eleições de 2018 e 2022 e com a probabilidade de eleição para Deputado Federal em 2026.

Enquanto a federação não sai oficialmente do papel, com a anuência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nos bastidores o comando pelos estados já começou. Paulinho da Força, que comanda o SD nacionalmente, deve abrir mão do posto de presidente da federação — dando lugar a Ovasco Resede, que preside o PRD no país.

Em contrapartida, aliados de Paulinho da Força devm comandar a federação em estados estratégicos — como São Paulo e Paraná. Aqui pela terra das Araucárias, a tendência é que o ex-deputado federal e estadual Fernando Francischini, que hoje preside o SD no Paraná, assuma o comando da federação no estado, com o compromisso de contemplar o PRD na composição da comissão executiva.

“Na primeira conversa que nós discutimos sobre este assunto (federação) nos estados, o Paraná seria comandado pelo Francischini. Ficou da gente reafirmar isso numa próxima reunião essa semana, mas isso estava mais ou menos acertado, na medida que o Francischini seria o nosso principal puxador de votos aí (no Pafraná) e poderíamos eleger deputado no Solidariedade e também no PRD. Foi com essa expectativa, então, que nós reivindicamos o Paraná para ser comandado pelo Francischini”, disse Paulinho da Força ao Blog Politicamente.

De outro lado, Ricardo Franco, que preside o PRD paranaense, também busca comandar a federação. Uma pessoa ligada a Ovasco Resende diz que ainda não há ma definição sobre o mando no Paraná e que isso só será discutido após a formalização legal da federação — em desacordo com a declaração de Paulinho da Força.

Fernando Francischini assumiu o compromisso com a Executiva Nacional do PRD de ajudar a eleger pelo menos um deputado federal pelo partido. Se em Brasília, os partidos não tem representatividade na bancada paranaense, na Assembleia Legislativa do Paraná são dois representantes do SD: Alisson Wandscheer e Marli Paulino. Na Câmara de Curitiba, o PRD tem Sidnei Toaldo.

O PRD é fruto de uma fusão do Patriota com o PTB, do cacique Roberto Jefferson. Enquanto o SD incorporou em 2023 o PROS — partido que não conseguiu atingir a cláusula de barreira na eleição de 2022.

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