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Sinal amarelo na Câmara de Vereadores de Curitiba

Desde que a vereadora de Curitiba, Noêmia Rocha (MDB), foi alvo de uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, os parlamentares estão receosos com a possibilidade do caso terminar no Conselho de Ética da Câmara Municipal.

A vereadora é suspeita da prática de “rachadinha” — quando assessores do gabinete são obrigados a devolver parte do salário. O valor, supostamente desviado, teria sido usado para pagar contas pessoais da vereadora como boletos, dívidas e até despesas com a festa de casamento da filha. O caso, que ainda está sendo investigado pelo Gaeco, deve retroceder até 2008 — conforme já mostrado pelo Blog Politicamente.

Será o primeiro processo no Conselho de Ética depois da cassação do então vereador Renato Freitas por quebra de decoro parlamentar por ter participado de um ato antirracista na Igreja do Rosário, no Centro de Curitiba, que terminou com a invasão dos manifestantes.

O receio agora dos vereadores está na possibilidade de ter de julgar o suposto caso de “rachadinha” depois de cassar Renato Freitas pela invasão. “O sarrafo subiu depois da cassação do Renato. É preciso analisar as provas, dar o amplo direto ao contraditório, mas ficará muito complicado para a Casa cassar um vereador por causa da invasão a uma igreja e atenuar a prática criminosa de rachadinha”, disse um vereador ouvido pelo Blog Politicamente.

“A tendência é que o caso acabe sim no Conselho de Ética. E daí saberemos se o julgamento do Renato foi meramente político e racista. Como fechar os olhos para um caso de rachadinha dentro da Câmara”, comentou outro parlamentar.

 

 

Foto: Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

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