Disputa pelo Senado é a mais intensa na pré-campanha
Se tudo “der certo” como sonham de manhã, à tarde e à noite os quase 10 pré-candidatos nessa pré-campanha por uma vaga ao Senado da República, será a eleição mais intensa dos últimos 24 anos no Paraná. Exatamente o tempo que o senador Álvaro Dias está morando em Brasília.
Álvaro Dias foi o primeiro a se posicionar como pré-candidato ao Senado. “Exigiu” a demissão de Guto Silva, acusando o braço direito do governador de “uso da máquina” em benefício próprio. Como Ratinho convidou Guto a voltar para Assembleia, Álvaro ainda sonha que será o único candidato da Coligação que tentará reeleger Ratinho.
Esse sonho de Álvaro despertou a ira de alguns e a vontade de outros, ainda mais quando vazou a “conversa secreta” entre o Presidente Bolsonaro e o Governador Ratinho Junior – (já, já contamos!)
O movimento do alicate (modo pejorativo como Bolsonaro se refere a Álvaro) contra Guto deu força ao ex-chefe da Casa Civil. Trabalhador, passou acordar uma hora mais cedo e a dormir uma hora mais tarde todos os dias depois que deixou o Iguaçu, focado e concentrado num único objetivo: derrotar Álvaro.
Outros três nomes se animaram com essa celeuma armada em torno da “vaga preferencial”: Aline Sleutjes (uma espécie de Mulher Maravilha do Bolsonarismo no Paraná), Paulo Eduardo Martins (deputado defensor das teses olavistas e antigo funcionário de Ratinho na Rede Massa) e até do deputado Sub-Júdice Fernando Francischini (que aguarda seu julgamento no STF e já fez as pazes com o Capitão recentemente em Brasília).
Até aqui, pra não perdermos a conta, já temos os seguintes pré-candidatos:
Podemos – Álvaro Dias
Pros – Aline Sleutjes
PP – Guto Silva
PL – Paulo Martins
União Brasil – Francischini
Fazendo as contas em seus momentos de reflexão lá na cidade de Bituruna, Valdir Rossoni gostou da ideia e vai colocar seu nome para a aprovação na convenção dos tucanos, entre o final de julho e o início de agosto.
No MDB, uma situação atípica: existem dois pré-candidatos! O empresário de Cascavel Edenilso Rossi (que combinou a candidatura na Executiva Nacional) e o ex-governador Orlando Pessutti (que articula o apoio da ala emedebista ligada a Casa Civil de Ratinho, comandada pelo experiente João Carlos Ortega).
Unção do Mito
Logo no início da “janela partidária” o governador Ratinho Junior e o Presidente da República Jair Bolsonaro se encontraram em reunião fora da agenda oficial do Planalto. Duas coisas ficaram definidas, segundo uma fonte ouvida pelo Blog Politicamente:
A primeira – “Tudo menos o Alicate”. Bolsonaro veta Álvaro Dias sob qualquer circunstância. A segunda – Bolsonaro e Ratinho combinaram discutir ao final de julho o nome a ser ungido. Na reunião, ainda segundo a fonte, quatro nomes foram falados: Aline, Guto, Paulo Martins e Fernando Francischini.
Calma amigo leitor. Fernando Giacobo, que a época tinha pretensões, mas já desistiu do Senado pra comandar o novo e potente PL, que deverá nascer depois de 2 de outubro.
Então, como nos sorteios da Copa do Mundo, Bolsonaro e Ratinho vão definir entre Guto, Paulo Martins e Aline até as convenções. O nome de Francischini só entra no cardápio de opções após julgamento do STF.
Com Lula e Requião
Na frente da oposição, o nome do Doutor Rosinha tem sido colocado à prova em pesquisas de opinião, mas não empolga a militância do PT.
O time Gleisi Hoffmann e o time Roberto Requião buscam alternativas, novos perfis, que possam trazer convergência e dar mais suporte as campanhas de Lula e Requião no Paraná. O nome da vereadora curitibana Carol Dartora tem sido ventilado. Mas nada está definido ainda.
Uma coisa todos dentro da “frente vermelha” concordam: existem grandes chances de eleger o senador – ou a senadora – se a direita lançar vários candidatos.
Então vamos contar de novo:
Podemos – Álvaro Dias
Pros – Aline Sleutjes
PP – Guto Silva
PL – Paulo Martins
União Brasil – Francischini
PSDB – Valdir Rossoni
MDB – Edenilso Rossi ou Orlando Pessutti
PT – Dr. Rosinha ou Carol Dartora.
Há ainda remota possibilidade da federação PSOL-Rede lançar um candidato. O mesmo acontece com o NOVO. Em siglas nanicas (sem tempo de TV), pode surgir um aventureiro em busca de 5 segundos de fama.
Ufa. Ou melhor, UFC, a sigla que os americanos batizaram o Vale Tudo!
