O secretário de Segurança Pública do Estado do Paraná, Hudson Teixeira, protocolou uma representação contra o deputado estadual do PT, Renato Freitas.
O motivo é o discurso feito pelo petista da tribuna da Assembleia Legislativa, na última terça-feira.
Freitas falava sobre o levantamento do Ministério Público do Paraná com relação ao número de pessoas mortas em confronto com a polícia.
O petista não poupou adjetivos e criticou veemente a atuação dos policiais paranaenses. Ainda durante a sessão, Freitas foi repreendido por alguns deputados que reagiram à generalização.
Em um determinado trecho do discurso, Renato Freitas citou “policiais covardes, assassinos, serviçais do mal”. E que a Polícia Militar treina seus seus homens e mulheres de forma desumana, “como um animal, que a qualquer momento e ordem pode atacar outro animal; esse treinamento produz seres bestiais!”.
Na representação, o secretário de segurança, que é egresso da Polícia Militar do Paraná e comandou o BOPE, diz que a polícia “é a instituição de Estado mais próxima do cidadão, bastando um aceno de mão para que esteja ao lado de quem precisa que o Estado resolva qualquer problema do dia-a-dia”.
A representação, encaminhada ao presidente Ademar Traiano, deve ser encaminhada à Corregedoria da Casa — comandada pelo deputado estadual Artagão Jr.
Nos bastidores, deputados de cabeça branca disseram ao Blog Politicamente que dificilmente a representação vai prosperar em virtude da imunidade parlamentar — direito que lhes garantem que não podem ser processados criminalmente por suas opiniões, palavras e votos.
Uma fonte palaciana garantiu ao Blog Politicamente que a representação não é de conhecimento da cúpula do Palácio Iguaçu.
Outro lado — O Blog Politicamente apurou que Renato Freitas já tomou conhecimento do documento do secretário de Segurança e já acionou o corpo jurídico que o defendeu no processo de cassação na Câmara Municipal de Vereadores — como o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido pela alcunha de Kakay, e outros.
Diz uma boa fonte, que a primeira avaliação dos advogados é de uma descontextualização do discurso, já que Renato Freitas jamais fez acusações genéricas a policiais militares, mas sim teria reagido ao assassinato de cinco jovens pretos, pobres e periféricos. E que o discurso esta completamente acobertado pela imunidade parlamentar.