Por Karlos Kohlbach
Uma reunião no início da noite de ontem (24) no Palácio Iguaçu selou, novamente, Paulo Martins (PL) como vice de Eduardo Pimentel (PSD) na corrida pela prefeitura de Curitiba.
O encontro com o governador Ratinho Junior estava marcado para a manhã desta quinta-feira (25), mas foi adiantada depois do revés na negociação com o União Brasil do pré-candidato Ney Leprevost. Após a batida do martelo, Ratinho e Paulo Martins telefonaram para o ex-presidente Jair Bolsonaro informando sobre a aliança.
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Ratinho se reúne com Rueda em SP numa última tentativa de atrair o União Brasil
A intenção agora é fazer uma foto de Eduardo e Paulo Martins com Bolsonaro para oficializar o anúncio. O Capitão cumpre agenda no Rio Grande do Sul nesta quinta e amanhã estará em Porto Alegre para participar da convenção do MDB que vai lançar a candidatura de Sebastião Melo — que tem o PL na vice. Não está descartado um bate e volta até a capital gaúcha para garantir a foto com Bolsonaro.
Paulo Martins estava praticamente fora dos planos da vice de Eduardo Pimentel depois de um quase rompimento com o PSD, durante a viagem de férias de Ratinho, provocada pelas críticas desferidas pelo prefeito Rafael Greca contra Bolsonaro com relação à gestão do ex-presidente na pandemia da Covid-19.
Não é novidade para ninguém a animosidade de parte a parte entre Greca e Bolsonaro. O entorno do prefeito, leia-se Giovani Gionédis e Margarita Sansone, tinha outros planos para a vice de Eduardo Pimentel.
O grupo de Greca queria Marilza Dias, ex-secretária de Meio Ambiente de Curitiba, na chapa de Pimentel. Prevaleceu, no entanto, a vontade do Palácio Iguaçu.
Quem também não gostou nada da articulação entre PSD e PL foi a pré-candidata Cristina Graeml, do PMB. Ela esperava ser a candidata de Bolsonaro em Curitiba — com o PL na vice. Mas a articulação não passou de um balão de ensaio alimentado por poucos.
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