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A menos de 10 dias para a eleição, os três principais candidatos ao Senado Federal têm apostas distintas para conquistar a única vaga em disputa.
As estratégias são bem claras.
O que esperar de Alvaro – Candidato à reeleição pelo Podemos, Alvaro vai evitar qualquer bola dividida e evitar confronto com os demais adversários.
Vai apostar no discurso da experiência para contrapor aos dois demais concorrentes, mais jovens, e a crítica que vem recebendo, já identificada nos grupos de discussão, de que está há mais de 20 anos no Senado Federal.
Quer levar ao eleitor paranaense a ideia de que o Senado é lugar de político já experimentado, com passagens pelo Poder Executivo, Legislativo, e não para “estagiários” — como declarou numa entrevista na RPC.
E de Moro? — Se Alvaro foge do enfrentamento, Sergio Moro (União Brasil) aposta nisso. Não tem qualquer receio de se contrapor abertamente a Alvaro Dias. Com um discurso de nós contra ele, Moro se coloca ao lado do governador Ratinho Junior e do presidente Jair Bolsonaro para “combater” e evitar a chegada do PT ao poder.
Moro passa ao eleitor o cenário da disputa de 3 contra 3. De um lado Bolsonaro, Ratinho e Moro do outro Lula, Requião e Alvaro Dias.
Desde o início da campanha, tanto nas redes sociais quanto nas propagandas partidárias, Moro acenou ao eleitor Bolsonarista — embora sua saída do governo do Capitão tenha sido conturbada — dizendo que ambos têm o PT como adversário.
Aposta de Paulo Martins — A estratégia de Moro impacta diretamente a de Paulo Martins a ponto de irritá-lo. Ao se associar a Ratinho e Bolsonaro, Paulo Martins fica neutralizado já que é ele quem conta com o apoio público do Capitão e do governador do Paraná.
Nesta semana, Paulo Martins postou nas redes sociais chamando o ex-juiz federal de “penetra”, já que Moro estaria participando de agendas e compromissos de campanha de Ratinho. “Você tenta usurpar os apoios que recebe”, escreveu o candidato do PL.
Por ser candidato ao Senado pela coligação, Moro não é impedido de participar dos compromissos eleitorais de Ratinho. Mas para evitar a saia-justa de ter Paulo Martins e Moro juntos nos eventos, no mesmo palco, o que está cada vez mais frequente, o QG da campanha do governador mudou de estratégia. Mandou recado para todos os candidatos, deputados estaduais e federais para ajudarem, junto aos prefeitos, na campanha de Paulo Martins.
Nesta reta final, Paulo Martins será “o arroz de festa” de Ratinho, presente em todos os eventos, e vai intensificar nas redes os vídeos em que o Capitão Bolsonaro pede voto a ele.
Dá tempo? — A pergunta que vale para os três: haverá tempo?
Haverá tempo para Alvaro convencer o eleitor que ainda pode contribuir com o Paraná no Senado, mesmo estando lá por duas décadas? Os adversários conseguirão nesta reta final crescer nas pesquisas e embolar a disputa?
Haverá tempo para Moro superar o candidato do Podemos na pesquisa — já que os últimos levantamentos apontam empate técnico entre eles? Ele conseguirá colar a imagem de Alvaro ao PT?
Haverá tempo para Paulo Martins subir na pesquisa — já que ele tem se mantido na terceira colocação deste o início da campanha? A entrada dos prefeitos e parlamentares da base governista vai surtir o efeito planejado pelos estrategistas?