Requião pode estar de malas prontas rumo ao Solidariedade
A ex-deputada federal Marília Arraes, que é do Solidariedade, esteve em Curitiba na última quarta-feira (26) e fez uma visita ao ex-governador Roberto Requião (PT).
Uma boa fonte do Blog Politicamente conta que Requião pode estar de saída, de malas prontas, para deixar o PT e ingressar no Solidariedade. Marília Arraes, que é neta de Miguel Arraes e prima do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, teria se comprometido a ajudar na interlocução com o Solidariedade — até porque quem preside o partido hoje no Paraná é ex-deputado federal Luizão Goulart. E Requião viria, segundo a fonte, para comandar a legenda no Paraná.
Um dos motivos para a migração seria a falta de espaço dentro do PT. Requião quer ser candidato numa eventual eleição suplementar ao Senado, caso seja convocada pelo Tribunal Superior eleitoral (TSE), mas tem observado os movimentos internos da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que busca o mesmo destino.
“A minha candidatura é a mais viável. Fui governador três vezes e senador por duas vezes. Minha candidatura tem que ser encarada com respeito. É preciso ter uma disputa interna no PT”, disse Requião.
Filho fica — O filho do ex-governador, o deputado estadual Requião Filho, também participou da reunião com Marília Arraes, mas, apesar de algumas críticas ao governo Lula, ele deve permanecer no PT, já que a mudança poderia lhe custar o mandato.
Não é novidade para ninguém que o ex-governador Roberto Requião está bastante chateado com algumas decisões do governo Lula, principalmente aquelas afetas ao Paraná, como a questão do pedágio e mais recentemente a venda das ações da Copel. Requião, que sempre usa as redes sociais para desopilar o fígado, defende uma intervenção do governo Lula nestes dois temas.
Sem esquecer da irritação depois que Lula teria oferecido o cargo de presidente do Conselho de Administração da Itaipu Binacional, no início da gestão petista, o que deixou Requião bastante desapontado. Ao negar o convite, o ex-governador chegou a dizer que o cargo no Conselho era uma “boquinha de Luxo”.
