A relação do ex-governador Roberto Requião com o PT não esta nada boa. E azedou de vez depois da indicação de Ênio Verri para a presidência da Itaipu Binacional — cargo que almejava após a chegada de Lula ao Palácio da Alvorada.
Pelas redes sociais, Requião cospe marimbondos e atira para todos os alvos do PT — inclusive o presidente Lula. Na semana passada chegou a fazer uma enquete com seus seguidores questionando seu ingresso no PT.
“Entrei no PT para apoiar o Lula e suas teses e para derrubar o Bolsonaro. Hoje me dizem que o PT já tinha Enio verri e Paulo Bernardo ,não precisava de mim e do Samek ! Então foi um erro meu?”, questionava.
É sabido que Requião entrou na disputa pelo Palácio Iguaçu, contra o governador Ratinho Junior, para ajudar a campanha de Lula no Paraná — marcada pela prisão do petista como consequência da Lava Jato. Ao final da campanha bem sucedida de Lula, Requião esperava dirigir a Usina Itaipu.
“Boquinha de luxo” — Veio o convite para assumir a presidência do Conselho de Administração da Itaipu. Requião não gostou. “Se caráter custa caro, pago o preço! Assim falava antes do impeachment. Agora me oferecem uma boquinha de luxo no conselho de Itaipu!”, disse, se referindo a alta remuneração — o salário é de R$ 27 mil para um trabalho que requer reuniões a cada dois meses. O ex-governador chegou a dizer que seria uma “humilhação” para sua carreira política se aceitasse tal convite.
A alfinetada mais recente de Requião foi no atual presidente da Petrobras Jean Paul Prates. Na sua conta no twitter, ele reproduziu um vídeo de Prates dirigido aos petroleiros. “Absolutamente vazio, impatriótico e cooptador dos funcionários para uma visão entreguista?”, escreveu Requião.
O presidente da estatal revidou. “Não entendi, mestre Requião. O tenho na mais alta consideração e referência. Mas ao longo dos meus parcos 4 anos de Senado (frente a sua trajetória bem maior no legislativo) nunca conversamos por mais de 10 min! Como pode ter me escolhido como motivo principal de sua indignação?”, questiona Prates.
“Sugiro, antes de isso evoluir para um ressentimento empedrado e sem contraditório, que sentemos para conversar tranquilamente e com tempo para colocar fatos históricos, pensamentos e análises um ao outro. Com certeza convergiremos majoritariamente e nos respeitaremos sempre”.
O ex-governador do Paraná apenas respondeu: “Espero estar errado”.
Enquanto desopila ódio pelo twitter, a equipe de Lula segue empenhada em achar um espaço para o paranaense.