Terminou há pouco no 3 andar do Palácio Iguaçu uma reunião com os chefes dos poderes do Estado do Paraná.
O governador Ratinho Junior (PSD) recebeu no seu gabinete o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Laurindo, o deputado Ademar Traiano, que preside a Assembleia Legislativa, e o Procurador Geral de Justiça, chefe do Ministério Público, Gilberto Giacoia.
A pauta do encontro, claro, é guardada a sete chaves. Mas uma fonte do Blog Politicamente conta que entre os temas estão o orçamento para 2023 que deverá ser reduzido consideravelmente com o impacto da redução da alíquota do ICMS de combustíveis, transportes, energia e telecomunicações. Além disso, o mais recente descontentamento do governo com o MP também deverá ser falado.
A relação entre os dois poderes que sempre foi boa, cordial e respeitosa não está em questão. Mas o governador deve deixar bastante claro para Giacoia sua insatisfação quanto ao posicionamento do MP que requereu na Justiça a suspensão das obras de engorda da praia de Matinhos — um legado que Ratinho quer deixar da primeira gestão e usar bastante na propaganda política durante a eleição.
A guerra jurídica entre MP e Governo envolvendo os recursos da multa da Petrobras, por causa de uma acidente da Repar, também será usado como argumento na mesa de conversa.
Entender a presença de José Laurindo na reunião é bastante compreensível, já que caberá ao Poder Judiciário dar a palavra final nas batalhas travadas entre o Executivo e o MP.
Mas e Traiano? Na Assembleia, mais precisamente na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), já começaram as discussões sobre o orçamento dos poderes — entre eles do MP de interesse direto de Giacoia.
Tanto é que ontem, quando soube do pedido do MP para suspender o início das obras no Litoral, o deputado Nelson Justus (União), que preside a Comissão e tem base eleitoral nos municípios litorâneos, externou que, se o governo quisesse, ele poderia dar um “susto” no MP.
Para bom entendedor me.. pala… bas..