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Ratinho pode perder o chefe da Casa Civil antes da eleição

Foto: Divulgação TCE

Não estava no scprit, mas o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, pode deixar o governo do Estado antes do previsto.

O Blog Politicamente já adiantou qual era o plano original. O atual secretário de Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas do Paraná Augustinho Zucchi seria o indicado para o Tribunal de Contas do Estado do Paraná, com a benção do Poder Executivo, para a vaga de Artagão de Mattos Leão – que se aposenta em outubro, logo depois da eleição. Ortega, por sua vez, iria para a segunda vaga do TCE que será aberta somente em 2023 com a aposentadoria compulsória do conselheiro Nestor Baptista.

No entanto, uma notícia vinda dos corredores do TCE abreviou o plano. E qual seria a informação capaz de mudar o posto mais importante do governo do Estado e deixar o governador sem seu fiel escudeiro?

O Blog Politicamente apurou que o conselheiro Artagão de Mattos Leão estaria disposto a antecipar a aposentadoria de outubro para o fim deste mês de junho – o que acarretaria a abertura do processo de escolha do novo conselheiro. Uma das intenções é tentar colocar o deputado Artagão Junior (PSD), filho do conselheiro, no páreo para a sucessão na corte de contas. Chance quase zero. O recado, porém, já chegou no Palácio Iguaçu – mais especificamente no 3° e 4° andar.

Ciente de todas as movimentações deste xadrez, foi traçada uma nova estratégia: Ortega entraria no lugar de Artagão e Zucchi ficaria com a próxima vaga, a de Nestor Baptista – embora alguns desconfiem do cumprimento da segunda hipótese.

A ideia de substituir Zucchi como opção nesta primeira vaga tem motivo. Como caberá a Assembleia Legislativa escolher o substituto do conselheiro Artagão é preciso levar em conta o ano eleitoral – extremamente sensível para o governador Ratinho.

Conta uma fonte do Blog que Zucchi não é unanimidade entre os deputados, portanto, o governo teria que “jogar pesado” para obter os votos – obrigatoriamente fazendo concessões. Levando em conta o ano eleitoral e que a votação é secreta, o risco de traição é grande. A estratégia seria arriscada demais. Basta lembrar que na última eleição, o então deputado Fabio Camargo levou a melhor sob o candidato do então governador tucano Beto Richa e foi alçado ao TCE.

Diametralmente, Ortega tem excelente trânsito na Assembleia e seria aclamado quiçá por unanimidade.

Para não ficar “devendo pedras” para ninguém o governo estaria disposto a perder Ortega antes mesmo da eleição. O problema é: quem garante que, uma vez reeleito, Ratinho cumpriria a promessa de indicar Zucchi para o Tribunal de Contas?

Redação Redação:

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