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Ratinho determina que secretários não façam anúncios sem aval da Casa Civil

O governador Ratinho Junior determinou que seus secretários, gestores e presidentes de autarquias vinculadas ao Poder Executivo não façam quaisquer manifestações públicas sobre projetos, ações, políticas públicas e programas de Governo sem antes comunicar a Casa Civil ou o diretor-geral da pasta.

Caberá a João Carlos Ortega, homem de confiança do governador, coordenar este anúncios para formatá-los como ações de Governo. Um dos objetivos de Ratinho é dar mais unidade aos programas e ações governamentais.

Em caso de descumprimento, o secretário de Estado terá de apresentar justificativa ao Subchefe da Casa Civil — Lucio Mauro Tasso, que é natural de Jandaia do Sul, terra do governador, e o acompanha há mais de 20 anos.

No mesmo despacho governamental, assinado na manhã da última sexta-feira (24) e que deve ser publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (27) — passando a vigorar cinco dias depois –, Ratinho ainda fez mais uma imposição ao seu time do 1° escalão.

Os compromissos de secretários e titulares de órgãos e entidades do Governo nos municípios do interior do Estado devem, preferencialmente, ser marcados nas quintas e sextas-feiras. E vai além: estas agendas devem ser comunicadas todas as segundas-feiras ao Subchefe da Casa Civil, Lucio Mauro Tasso.E da mesma forma, em caso de descumprimento desta determinação, os gestores terão de apresentar suas justificativas.

Reclamação — Esta questão das agendas no interior do estado acontecerem às quintas e sextas têm relação direta com a Assembleia Legislativa. Muitos deputados da base governista se queixaram com Ortega de secretários que promoviam eventos nos municípios em dias de sessões plenárias — impedindo assim a presença dos parlamentares.

Isto já tinha sido motivo de reclamação durante uma reunião de deputados do PSD com Ortega no Palácio Iguaçu há duas semanas.

Poder e holofote — O despacho do governador concentra todos os anúncios do governo na Casa Civil — mais precisamente nas mãos de Ortega e Lucio Mauro Tasso. Tem deputado torcendo o nariz para esta exposição de Tasso porque o subchefe da Casa Civil estaria nutrindo esperança de disputar uma cadeira na Alep em 2026.

Mais ameno — Medida semelhante foi tomada há duas semanas pelo presidente Lula, mas de uma forma mais, digamos, amena. Ao invés de determinação, o petista reuniu os  ministros da “área social”, da equipe econômica e da articulação política do governo e pediu que as ideias e projetos só sejam anunciadas após passarem pelo crivo da Casa Civil do Palácio do Planalto.
Foto: Jhonatan Campos/AEN

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