Ratinho comenta greve dos professores do Paraná

O governador Ratinho Junior comentou a greve deflagrada pelos professores da rede estadual de ensino na manhã desta segunda-feira (3) como reação ao projeto “Parceiro da Escola” formatado pelo Palácio Iguaçu, que prevê a terceirização da gestão administrativa de 200 escolas públicas do Paraná. Pela manhã, Ratinho participou de um evento no Guatupê de investimentos e entrega de viaturas para as forças de segurança.

Ratinho afirmou que a greve é política e ilegal e que a adesão é baixíssima, com a permanência de muitos alunos dentro da sala de aula. “A grave é ilegal e tem baixíssima adesão. Em sua grande maioria os alunos estão tendo aula normal, o que é um bom sinal e mostra a maturidade dos nossos professores e diretores que entendem que os sindicalistas fizeram um monte de fake news sobre este projeto que esta sendo sendo votado. Ele já acontece na Inglaterra, Canadá e em outros países. Estamos trazendo o que é de mais moderno para nossa educação, justamente para ajudar os diretores e todo o sistema pedagógico a trabalhar e não ter que cuidar de lâmpada apagada, de descarga estragada no banheiro, questão do uniforme escolar”, disse Ratinho.

Um balanço divulgado no fim da manhã pela Secretaria da Educação informa que 87% das mais de 2 mil escolas da rede estadual estão funcionando normalmente, sem adesão de professores à greve convocada pelo sindicato da categoria. Além disso, todas as escolas, 100% da rede, estão com alguma aula em andamento após um trabalho preventivo de uso de tecnologia e substituição de professores.

O governador ainda disse, com base em informações do setor de inteligência da Polícia Militar do Paraná, que entre os manifestantes estariam professores da Universidade Federal que estão em greve. “A gente viu, através da inteligência da PM, que muitos manifestantes são professores da Universidade Federal que estão em greve contra o Governo Federal. Estão usando esta votação para tentar engrossar a greve das universidades federais.

Em entrevista à imprensa, Ratinho justificou o regime de urgência do projeto Parceiro da Escola. “A urgência é necessária porque é uma pauta importante e nós temos um prazo para implantar isso ano que vem. Até novembro, temos que fazer toda a consulta com os pais, professores, escolas e diretores. Temos aí quatro, cinco meses para fazer esta consulta”, explicou o governador.

Por fim, Ratinho disse que não será ele que vai implantar o projeto Parceiro da Escola e sim “os pais que votam junto com professores se querem este modelo, de forma democrática, ouvindo a sociedade e ouvindo quem paga a conta que é o pai e mãe”.

O Parceiro da Escola será instalado mediante consulta pública junto à comunidade escolar, em modelo similar das consultas das cívico-militares. A ideia é que a consulta aconteça em 200 escolas de cerca de 110 cidades – o número corresponde a cerca de 10% da rede.

 

Foto: Reprodução Redes Sociais

 

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