Uma foto publicada por um pastor na entrada do Palácio Iguaçu revelou uma reunião a portas fechadas do governador Ratinho Junior com o deputado federal do PL, Filipe Barros. Foi o primeiro encontro à sos entre eles. Nem Ratinho, nem Filipe Barros, fizeram registro da reunião.
A partir da foto, o Blog Politicamente refez os passos do deputado no Palácio Iguaçu. No início da tarde de segunda-feira, Filipe Barros esteve no 3° andar do Palácio Iguaçu, na sala do governador. A reunião durou cerca de 30 minutos.
Quem “costurou” a agenda foi Darlan Scalco, chefe de gabinete de Ratinho. Houve todo um cuidado na abordagem dos temas discutidos no encontro para não melindrar a relação com o deputado federal Fernando Giacobo, presidente estadual do PL, e com Paulo Martins — ex-deputado federal e amigo pessoal de Ratinho e muito próximo da família Massa.
Uma boa fonte do Blog, contou que foi falado um pouco de tudo na reunião, mas obviamente que a eleição de 2024 entrou na pauta.
Curitiba 2024 — O governador já externou que seu candidato em Curitiba será Eduardo Pimentel — atual vice-prefeito da capital e secretário estadual das Cidades. No PL, quem tenta se arvorar para entrar nesta disputa é Paulo Martins.
“Minha candidatura não está condicionada ao posicionamento do governador. Entendo a posição do governador, que tem um quadro em seu partido, mas isso não impede outra candidatura no mesmo campo. Poderemos fazer um grande debate pelo bem de Curitiba”, disse Paulo Martins ao Blog Politicamente.
Ratinho não quer bate chapa. A estratégia é aglutinar todas as candidaturas do centro-direita em torno de Pimentel para que a disputa se concentre contra a esquerda — venha ela unida ou representada por mais de uma candidatura.
Resolução do PL — A relação de Filipe Barros, tanto com Giacobo quanto com Martins, vai bem obrigado. Mas uma resolução administrativa aprovada pelo diretório nacional do PL, no início deste ano, deve potencializar o nome do político londrinense no cenário político do Paraná. A resolução administrativa, número 001/2023, é assinada pelo presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto (veja abaixo).
O documento fixa critérios na formação das Comissões Executivas Provisórias Municipais, respeitando a importância da representatividade eleitoral e partidária. Em outras palavras, o político com mais votos em determinada cidade terá a preferência para montar a executiva municipal.
Como Filipe Barros foi o deputado federal mais votado do do PL do Paraná, com quase 250 mil votos, ele deve comandar a grande maioria das comissões no Estado. O diretório de Curitiba, por exemplo, tende a ficar sob o comando dele — já que Filipe Barros fez pouco mais de 44 mil votos.
Mesmo sem ciência desta resolução administrativa do PL, Ratinho mirou uma coisa e acertou em outra. O aceno do Palácio Iguaçu para o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro está feito.
O encontro ainda serviu para aparar uma pequena rusga observada no evento do governo da entrega de ônibus escolares — quando o assessor que representava Filipe Barros sequer foi citado na solenidade, enquanto a ex-deputada federal Cristiane Yared, além de mencionada, posou para fotos al lado do governador.
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