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Por Carol Nery
O candidato Ney Leprevost (União) é o mais rico entre os dez concorrentes que oficializaram a disputa ao cargo de prefeito de Curitiba nestas eleições municipais de 2024. Ele declarou um total de R$ 2.587.268,43 em bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mais de 50% do montante, segundo o registro de contas do candidato no TSE, são provenientes de imóveis residenciais de Ney na capital e no litoral paranaense. O mais “abonado” participante do pleito de outubro, no entanto, é o advogado e empresário Walter Petruzziello, que concorre como vice de Maria Victoria (PP).
O valor declarado por Ney este ano é 24% maior que o total declarado no pleito anterior, em 2022, quando ele disputou o cargo de deputado estadual — e o patrimônio somava R$ 2.081.320,16. Nos últimos dez anos, a evolução patrimonial foi de 587%. Em 2014, quando se elegeu deputado estadual pelo PSD, Ney declarou o valor de R$ 376.567,41. Dois anos depois, em 2016, em seu terceiro mandato consecutivo na Assembleia Legislativa e debutando na disputa pela prefeitura de Curitiba, os bens já somavam R$ 860.458,94.
Enquanto o candidato a prefeito do União teve um crescimento de patrimônio nos últimos dois anos, a vice, Rosangela Moro, “empobreceu”. Quando se elegeu para a Câmara dos Deputados, em 2022, ela declarou um total de R$ 1.340.088,15 em bens. Nestas eleições municipais de 2024, a esposa de Sergio Moro registrou o montante de R$ 438.490,06 — boa parte deste valor referente a aplicações financeiras e investimentos.
Sobre a queda de patrimônio em quase R$ 1 milhão (67%) em dois anos, Rosangela disse à imprensa que se justifica pela baixa de dois imóveis — que somados valiam mais de R$ 300 mil, além de não ser mais a proprietária de um veículo Tiguan, avaliado em R$ 155 mil. Segundo ela, ao colunista Anselmo Gois, “o patrimônio está focado em aplicações de renda fixa e depósitos em conta corrente”.
O candidato Eduardo Pimentel (PSD) aparece como o segundo candidato a prefeito de Curitiba mais rico nesta eleição. Ele declarou um total de R$ 2.260.443,06 em bens, mais do que o dobro da quantia declarada em 2020, quando disputou à reeleição como vice do prefeito Rafael Greca. Na primeira eleição como vice, em 2016, Pimentel declarou um montante de R$ 243.509,21 em bens — montante equivalente a apenas 10,77% do valor agora registrado em 2024.
O vice, Paulo Martins (PL) declarou um rol de bens avaliados em R$ 302 mil nestas eleições de 2024. Como concorrente ao Senado, em 2022, Martins declarou R$ 302.990,00. Mas o que chamou a atenção foi o salto patrimonial de 2018 para 2022. Quando disputou pela segunda vez o cargo de deputado federal pelo PSC, ele declarou R$ 2.509,29. Em 2022, saltou para R$ 302.990,00 — uma evolução de 15.000%.