A divulgação da primeira pesquisa Quaest/RPC do 2º turno com a corrida eleitoral pela prefeitura de Curitiba foi antecipada. Estava programada para sair no início da noite deste sábado (19), mas a decisão editorial foi soltar os números já no jornal do meio-dia — já respaldada por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que indeferiu o recurso da campanha de Cristina Graeml (PMB) que tentou suspender a divulgação dos dados. Vamos a eles.
A Quaest aponta um empate técnico, dentro da margem de erro de 3%, entre Cristina e Eduardo Pimentel (PSD). Ele está numericamente à frente na estimulada: 42% para Eduardo e 39% para a candidata do PMB. Já a espontânea coloca Eduardo com 32% e Cristina com 30% — mas o que chama a atenção é o índice de indecisos: 34%, porcentual maior do que os eleitores dos dois candidatos.
Este “mar” de curitibanos indecisos causa calafrios nas duas campanhas. A 15 dias do 1º turno, eram 60% os que ainda não tinham decidido o voto — e grande parte desta fatia de indecisos digitou 35 nas urnas levando Cristina Graeml para o 2º turno, surpreendendo muita gente e até os candidatos. A dúvida agora é a onda de migração destes 34% a, praticamente, uma semana do fim da eleição em Curitiba. É bem verdade que dentro destes 34% de indecisos estejam muitos eleitores da esquerda que não se veem representados no 2º turno — tendo de escolher entre “o menos pior”.
Se no fim do 1º turno a projeção da Quaest previa um cenário mais folgado neste 2º turno, 49% para Eduardo e 35% para Cristina, a disputa se mostra mais acirrada. Reflexo também da onda que a candidata do PMB conseguir surfar na reta final da campanha — que teve reflexo no início no início da “etapa complementar” da eleição. O crescimento dela refletiu imediatamente queda de Eduardo no 1º turno e, com as urnas abertas, ele terminou na frente: 33,51% x 31,17%. O resultado da Quaest neste sábado revela um começo de reação do candidato do PSD.
2º turno é marcado por ataques de lado a lado
O 2º turno entre Cristina e Eduardo tem sido marcado pela desconstrução — de lado a lado. Um embate direto pela TV, redes sociais e através de mensagens de whatsapp — por vezes com golpes abaixo da cintura. E a previsão é de que os “ataques” se intensifiquem nesta semana final de campanha — principalmente nos debates deste sábado na RIC e na próxima sexta-feira (25) na RPC.
Mas é preciso dosar a força dos ataques para não atrair a rejeição dos curitibanos — e aí, Pablo Marçal em São Paulo é uma grande escola. A Quaest/RPC divulgada neste sábado em Curitiba mostra que a rejeição de Cristina Graeml está em 26% e a de Eduardo em 24%. A pesquisa mostra que os curitibanos têm uma imagem mais positiva de Eduardo Pimentel do que de Cristina Graeml: 66% de imagem positiva para ele e 53% para ela.
Apesar de dois meses de campanha eleitoral, 18% dos curitibanos ainda não conhecem Cristina Graeml — porcentual de desconhecimento de Eduardo é de 8%.
Metodologia: A pesquisa Quaest realizou 900 entrevistas com eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 16 e 18 de outubro. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número PR-08766/2024.