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O PT marcou uma reunião para o início da noite de hoje (14) para tratar sobre a eleição de 2024 para a prefeitura de Curitiba. O encontro entre a executiva estadual e municipal do PT dá o start nas conversas internas do partido.
Hoje o cenário é o seguinte, são quatro pré-candidatos dentro do PT: os deputados federais Carol Dartora, Tadeu Veneri, Zeca Dirceu e o presidente do partido no Paraná, o deputado estadual Arilson Chiorato.
Mais do que definir o candidato para disputar o Palácio 29 de Março, o PT articula uma grande frente ampla de esquerda — assim como aconteceu em São Paulo, onde o partido de Lula anunciou que vai apoiar a campanha de Guilherme Boulos do PSOL. A ideia, portanto, seria repetir a estratégia em Curitiba, tendo um único nome capaz de reunir a esquerda — independentemente se o cabeça de chapa for do PT ou não.
Frente Ampla — O Blog Politicamente conversou com algumas fontes petistas que me contaram que a intenção é formar esta frente ampla com até nove partidos: PT, PCdoB, PV, PDT, PSB, PSOL, Rede, PSDB e Cidadania. A ideia da candidatura única do espectro da esquerda, evitaria a dispersão de votos — como aconteceu em eleições anteriores.
Luciano Ducci, do PSB, e o pedetista Goura Nataraj, já declararam publicamente que são pré-candidatos, ao mesmo tempo, comungam da estratégia da frente ampla de esquerda. Ducci aparece bem ranqueado nas pesquisas até aqui divulgadas — até porque tem um recall por já ter sido prefeito de Curitiba. Goura disputou a prefeitura em 2020 e terminou em segundo lugar.
Pesquisa — A fonte do PT contou ainda que durante a reunião de hoje deve ser proposta a ideia da realização de uma pesquisa eleitoral em Curitiba para começar a balizar as forças de esquerda na capital. E nos próximos meses deve ser feita uma qualitativa para identificar, por exemplo, os pontos fortes e fracos de cada candidato e também as demandas dos eleitores.
Um dos pontos que deve aparecer na pesquisa qualitativa, e o PT já está atento a isso, é uma possível rejeição a Ducci pelo fato dele ter sido vice deu então prefeito Beto Richa — cuja imagem foi arranhada pela Lava Jato. A direita deve explorar essa proximidade na campanha eleitoral, caso Luciano Ducci seja escolhido o candidato da esquerda. Ao mesmo tempo, diz a fonte petista, a esquerda vai contra-atacar tentando colar a imagem do Beto Richa a Eduardo Pimentel, que foi assessor especial do tucano no governo do Estado.
Na torcida — No entanto, há uma preocupação, diz a fonte do PT, com relação a frente ampla. Se a direita também sair toda unida, esta estratégia pode ir por água abaixo — já que na disputa esquerda x direita, a tendência em Curitiba é que a ala canhota saia derrotada. Então, além de fazer o dever de casa, de ungir um único nome, a esquerda terá de torcer para que Ney Leprevost (União Brasil) e Paulo Martins (PL), por exemplo, viabilizem suas candidaturas. Os candidatos da direita já começaram a se mexer no tabuleiro político da capital.
O PT começa a olhar com mais atenção para Curitiba em 2024 e ao mesmo tempo fica atento ao desempenho do governo Lula, principalmente, na área econômica. Um bom cenário econômico pode ajudar a diminuir um pouco a resistência do eleitor curitibano com o Partido dos Trabalhadores.