O PT paranaense finaliza os detalhes para colocar em campo uma pesquisa eleitoral para medir os desejos e as necessidades dos eleitores curitibanos. Os pesquisadores vão para rua no mês de fevereiro.
Mais do que “ouvir” os curitibanos, o PT vai em busca de definições. Lançar candidatura própria, como brada o presidente Lula, que deseja um partido forte, principalmente nas capitais? Ou repetir a estratégia desenhada em São Paulo, deixando a cabeça de chapa para um aliado? E se esta última for a opção, quem apoiar? São respostas que o PT vai buscar nesta pesquisa, cujo questionário vem sendo cuidadosamente rascunhado.
É mais do que público a divergência interna — movimento natural dentro do partido, acentuado pelo ano eleitoral e marcado pelas discussões intramuros.
A “nova geração”, encabeçada por Carol Dartora e Renato Freitas, buscam protagonismo num PT comandado por Gleisi Hoffmann. Apesar do pluralismo na discussão, o PT tem se tornado cada vez mais pragmático. A pesquisa de fevereiro vai ajudar a definir o rumo do PT em Curitiba, mas, necessariamente, os interesses debatidos em Brasília, com partidos aliados, estarão na mesa.
Hoje, na bolsa de apostas, o PT está mais inclinado a adotar a estratégia paulista. Resta decidir quem será o “Guilherme Boulos” de Curitiba, mas, acima de tudo, encontrar uma “Marta Suplicy” aqui pela terra das Araucárias.