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Aos poucos as diferenças políticas entre PT e PSDB, adversários históricos no Brasil, vão se esvaindo, ou pelo menos estão sendo deixadas de lado. O acelerador desta aproximação foi o ex-presidente da república Jair Bolsonaro (PL) e a prova disso veio na eleição de 2022 quando o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso (FHC) declarou voto para Lula.
PT e PSDB tinham o mesmo adversário. Mas enganou-se quem imaginou que era uma aliança pontual. Passada a eleição, vencida pelo presidente Lula, o petista acenou com a permanência da unidade sob o argumento da governabilidade no Congresso Nacional. É certo que esse namoro ainda não é oficial. Mas, digamos, que hoje os dois estão “se conhecendo”.
No Paraná, a aliança era tão ou mais inesperada. Mas aos poucos, nos bastidores, é possível identificar alguns movimentos que se não sinalizam uma união, representam, pelo menos, uma trégua.
O primeiro deles, talvez, tenha sido a costura política entre petistas e tucanos que vai culminar com a indicação, semana que vem, do ex-deputado estadual Michele Caputo, do PSDB, para o Conselho de Administração.
E a mais nova demonstração de namoro entre tucanos e petistas está agendada para a próxima segunda-feira (20) num hotel em Curitiba, quando será realizado o 1º Encontro da Coalizão em Defesa do Paraná. Estarão presentes, segundo a assessoria do PT paranaense, os presidentes e parlamentares dos seguintes partidos no estado: PCdoB, PDT, PSB, PSDB, PSOL, PT, PV e Rede.
O tucano sempre foi um estranho neste ninho, mas se confirmada, por exemplo, a presença do ex-governador e presidente do PSDB do Paraná, Beto Richa, no evento será o sinal que o status do relacionamento mudou para um efetivo e inesperado namoro.
As pautas a serem discutidas neste encontro serão o novo modelo de pedágio, a privatização da Copel e também as eleições municipais de 2024.
“O objetivo é formar uma frente partidária ampla, em defesa dos interesses do povo paranaense”, explica o idealizador do encontro, deputado Arilson Chiorato, presidente do PT Paraná.
Após o evento, os caciques do PT e do PSDB terão de responder aquela pergunta feita pelo apresentador Silvio Santos no programa em Nome do Amor, exibindo no SBT lá na década de 1990: é namoro ou amizade?