Por Carol Nery
A segurança pública está sempre em pauta entre os principais temas de preocupação e costumam ter destaque em pesquisas quanti e qualitativas. Para os eleitores de Curitiba, este é um dos problemas mais graves enfrentados pelos moradores da cidade. É o que pensam 34% das 900 pessoas entrevistadas na pesquisa Quaest contratada pela RPC e divulgada há um mês, em 28 de agosto, sob o número PR-06447/2024 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A área ficou em primeiro lugar quando as pessoas responderam à pergunta “Qual é o problema mais grave que a cidade enfrenta hoje?”. Atrás de segurança pública ficou a área de saúde (17%) e de transporte público/trânsito (10%). A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
Os candidatos à prefeitura de Curitiba têm ideias comuns sobre a Guarda Municipal, como reforço do efetivo, realização de concurso público e requalificação, bem como a valorização e cuidados com a saúde destes profissionais. Além disso, muitos citam nos planos de governo o aumento de monitoramento com câmeras digitais e integração tencológica, e ainda participação ativa das comunidades, entre outras propostas. Veja o que cada um deles planeja para a segurança pública de Curitiba, caso seja o prefeito ou prefeita eleito (a) nestas eleições de 2024, com base nos planos de governo registrado no TSE.
Propostas para Segurança Pública
Entre as propostas da Professora Andrea Caldas, do Psol, uma delas é a desmilitarização da Guarda Municipal. Ela também quer reformar o Conselho Municipal de Segurança Pública, com a intenção de democratizar o espaço e dar efetividade à sua atuação. Outra ideia é impulsionar a organização de Conferências Municipais de Segurança Pública e criar espaços de debate com a população para a proposição de políticas públicas de segurança e defesa social.
A candidata Cristina Graeml, do PMN, aposta em um aumento de 30% no efetivo da Guarda Municipal nos primeiros dois anos de gestão. Ela também propõe capacitação aos agentes com técnicas modernas de policiamento, resolução de conflitos e atendimento humanizado. Quer ainda estabelcer bases fixas da GM em locais estratégicos, de alta concentração de ocorrências de crimes. Outra proposta é do uso de drones multirotores para vigilância e monitoramento, canal direto da prefeitura com CONSEGs, além de priorizar a instalação de iluminação pública em locais estratégicos e vulneráveis, revitalização de áreas públicas e fiscalização e manutenção de imóveis desocupados.
O vice-prefeito e candidato a prefeito Eduardo Pimentel, do PSD, tem a ideia de criar um Grupo de Apoio ao Turismo e Eventos (GATE), por meio da Secretaria Municipal da Defesa Social. Ele também propõe que equipes da Ronda Ostensiva Municipal (ROMU) atuem junto à Rede Integrada de Transporte (RIT), para evitar ocorrências como importunação sexual e roubos no interior dos ônibus. Pimentel também planeja investir na prevenção do suicídio dentro da Guarda Municipal e aumentar a qualidade dos serviços prestados pela segurança.
O candidato Felipe Bombardelli, do PCO, não menciona propostas na área de segurança pública no plano de governo registrado no TSE. O partido, contudo, costuma defender o armamento da população e que as próprias comunidades escolham os responsáveis por fazer a segurança de seu local ou região.
Em seu plano de governo, o candidato Luciano Ducci, do PSB, aposta na implementação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), com a criação da Polícia Municipal de Curitiba.
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Ex-prefeito do município de Pinhais, na região metropolitana, o candidato a prefeito Luizão Goulart, do Solidariedade, quer criar uma central de monitoramento em cada regional de Curitiba e fortalecer a integração das Guardas Municipais de toda a região metropolitana. Quer investir em viaturas, tecnologia, equipamentos e técnicas de abordagem, assim como adquirir armamento novo, não letal e letal, e ampliar muralhas digitais. Também quer reprimir e prevennir consumo de drogas especialmente em escolas, com palestras, debates e atividades interativas, além de investir na reinserção social de usuários. Luizão planeja ainda ampliar a Patrulha Escolar, implantar totens de segurança, botão do pânico, identificador facial e vídeo nas escolas e seu entorno. Outra proposta é reforçar os CONSEGs e implantar programa de combate ao assédio no transporte coletivo.
A candidata Maria Victoria, do PP, tem plano de reformar a infraestrutura do centro e aumentar os serviços públicos, para melhoria da segurança no comércio local, implementar sistema de monitoramento 24 horas nos pontos de ônibus mais críticos de Curitiba, com botão do pânico para uso emergencial e canal de comunicação direto com uma central de monitoramento 24 horas por dia e durante os sete dias da semana. Aumentar as rondas, o patrulhamento da Guarda Municipal nos bairros, em especial, os mais afastados do centro, e converter a Guarda Municipal em Polícia Municipal.
A primeira ideia do candidato Ney Leprevost, do União, é transformar a Guarda Municipal em Polícia da Cidade. Ele também planeja superar a defasagem do efetivo e dos equipamentos e criar um módulo fixo por regional, além de, ao menos, um módulo móvel em cada bairro de Curitiba. Ele também pretende a integração de câmeras de segurança públicas e privadas para um amplo monitoramento.
O candidato Samuel de Mattos, do PSTU, tem a proposta de descriminalizar as drogas, além de desarmar a Guarda Municipal e adotar o uso de câmeras corporais pelos agentes. Mattos também aposta na desmilitarização e no fim das polícias atuais e prpõe a criação de uma polícia que tenha comandantes eleitos pela população e que tenham direito a uma associação sindical, inlcusive podendo realizar greves.
O candidato Roberto Requião, do Mobiliza, quer fazer uma revisão do plano de cargos e salários da Guarda Municipal, para uma reorganização e adequação das condições de trabalho. Ele quer ampliar o efetivo com novos concursos públicos e criar programas de treinamento contínuo para os guardas. Outro plano é integrar a GM, Polícia Civil e Polícia Militar para combater a criminalidade. Requião também quer equipar os guardas com câmeras corporais em todo batalhão de rua, implementar guardas comunitários conhecidos no bairro, reforçar e melhorar o monitoramento eletrônico por câmeras em pontos e zonas estratégicas do município, melhorar a iluminação pública, aumentar equipe, e integrar sistemas de vigilância para monitoramento em tempo real, criando um mapa do crime alimentado por inteligência artificial e um grande banco de dados.